Guarujá tem mais duas mortes a tiros e total de assassinatos em chacina policial aumenta para 18 no estado de SP

247 - Dois homens foram mortos a tiros em supostos confrontos com policiais militares do Baep (Batalhão Especiais de Ações Especiais de Polícia) na tarde desta terça-feira (15), em Guarujá, no litoral de São Paulo. Chegou a 18 o número de óbitos desde o dia 28 de julho, quando policiais iniciaram operações na Baixada Santista, região da faixa litorânea. De acordo com a Polícia Federal, duas pessoas foram presas com uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas. A informação foi publicada no jornal Folha de S.Paulo.

Na mesma ação policial no Guarujá, o delegado da Polícia Federal (PF) Thiago Selling da Cunha, 40 anos, foi baleado na cabeça durante uma operação na comunidade da Vila Zilda. Ele foi encaminhado para um hospital da região e está sob cuidados.

O aumento das ações policiais nas últimas semanas em cidades do litoral do estado de São Paulo ocorreram após o assassinato do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis, baleado no dia 27 de julho em Guarujá. Três homens foram indiciados e se tornaram réus pelo assassinato do soldado.

De acordo com informações divulgadas na semana passada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, 313 pessoas foram presas na operação, sendo que 113 eram procuradas pela Justiça, e 15 adolescentes, apreendidos. O titular da pasta afirmou que a polícia também apreendeu 44 armas e 790 quilos de drogas.

No começo de agosto, o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que "não houve excessos" na operação e classificou a atuação dos policiais como "profissional". O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou ser necessário aguardar as investigações, mas adiantou que a ação policial parece desproporcional. Investigações estão em andamento.