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Lindbergh: 'se Vasques foi preso, Bolsonaro também precisa ir para a cadeia' (vídeo)

"Queriam embaraçar o exercício do sufrágio", reforçou o deputado em referência a blitz da PRF nas últimas eleições principalmente nos estados do Nordeste

Montagem (da esq. para a dir.): Lindbergh Farias, Silvinei Vasques e Jair Bolsonaro (Foto: ABR | Divulgação/PRF)

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247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou de investigadores nesta terça-feira (9) que prendam Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar citou a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso por tentativa de atrapalhar a votação no segundo turno da eleição presidencial do ano passado. "Fez tudo a mando do Bolsonaro. A Polícia Federal achou organogramas nos celulares de agentes rodoviários", disse o petista. 

"Queriam embaraçar o exercício do sufrágio", acrescentou o parlamentar em referência a blitz da PRF no dia do segundo turno da eleição presidencial do ano passado. Vasques tem dito que a finalidade era evitar possíveis irregularidades de eleitores. Policiais federais, responsáveis pelas investigações, ainda não indiciaram o ex-diretor, mas têm provas de que operações da PRF ocorreram para atrasar o deslocamento de eleitores nordestinos e, em consequência, deixar o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com menos votos. Mensagens de um servidor da PRF revelaram argumentos favoráveis ao "policiamento direcionado" por Vasques.

Vasques ficará na superintendência da corporação, na capital federal, e, na quinta-feira (10), deve seguir para o Complexo Penitenciário da Papuda (DF). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi quem autorizou os mandados. Celulares, computador e passaporte do ex-diretor-geral foram apreendidos. De acordo com o juiz do STF, "a conduta do investigado, narrada pela Polícia Federal, revela-se ilícita e gravíssima".

Em relatório enviado à Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Flávio Dino, apontou que, entre os dias 28 e 30 de outubro, a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha mais popularidade. No mesmo período, foram 893, no Centro-Oeste; 571 ônibus no Sudeste; 632, no Sul; e 310, no Norte.

Entre os estados nordestinos, Lula conseguiu 69,34% dos votos válidos (22.534.967), contra 30,6% (9.962.917) de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Em todo o território nacional, o petista venceu por 50,9% (60,3 milhões de votos), contra 49,1% (58,2 milhões) do seu adversário. 

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