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    Lula diz que prefeito de Maricá deveria convidar Pazuello para "ensinar como se cuida da saúde"

    Segundo o ex-presidente Lula, em live com o prefeito Fabiano Horta (PT), Jair Bolsonaro deveria tomar o exemplo do Programa de Amparo ao Trabalhador, de Maricá, que desde abril do ano passado garante mensalmente R$ 1045 para trabalhadores informais e autônomos

    Fabiano Horta, Eduardo Pazuello e Lula (Foto: Reprodução)

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    247 - Em discussão com o prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT), o ex-presidente Lula (PT) disse que o gestor municipal deveria ter convidado o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para "ensinar como se cuida da saúde". A declaração ocorreu, nesta quarta-feira, 26, em live sobre “A Revolução de Maricá”.

    Os petistas comentaram sobre o Hospital Doutor Ernesto Che Guevara, fundado pela Prefeitura de Maricá durante a pandemia do novo coronavírus e que se tornou referência regional no tratamento de pacientes com Covid-19.

    “Se aquele general [Pazuello] conhecesse um pouco do que vocês estão fazendo em Maricá do ponto de vista social, talvez ele não tivesse tratado com tanta indecência e falta de respeito o povo pobre desse país que está morrendo de Covid”, afirmou Lula.

    Falando sobre os programas da cidade de amparo ao trabalhador e ao emprego, que garantem renda para trabalhadores informais e autônomos, Lula disse que Horta deveria mostrar esses programas para Jair Bolsonaro.

    O Programa de Amparo ao Trabalhador, por exemplo, garante, desde abril de 2020, R$ 1045 para os trabalhadores. “Que revolução é essa que você tá fazendo aí que o governo federal não consegue. Já mandou uma carta ao Bolsonaro falando que é possível fazer alguma coisa?”, perguntou o ex-presidente.

    Ao mesmo tempo, Maricá é a cidade do Rio de Janeiro que mais gerou empregos, com programas de crédito, contra o desemprego, entre outras coisas. Por isso, Lula também sugeriu que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vá a Maricá.

    “É possível fazer política pública, mas o Guedes não sabe que o dinheiro bom é aquele que é gasto na saúde, na educação, na geração de emprego, investido para garantir que o povo possa viver decentemente, possa tomar café da manhã, almoçar, jantar, ter o direito de sonhar em formar os seus filhos, mandar eles passear”, declarou Lula

    “Não conseguem entender, porque eles têm uma cabeça do tempo da escravidão, de que o pobre não poder ter direito, que o pobre tem que ser pobre”, afirmou. “O pobre é a solução”, argumentou o ex-presidente.

    “O Brasil está carente de política social porque tudo o que o PT fez o capitão [Bolsonaro] e o [Michel] Temer destroçaram”, disse Lula denunciando o golpe de 2016, que permitiu a ascensão dos dois presidentes.

    Programas sociais de Maricá

    Entre outros temas, Lula e Horta também comentaram o Fundo Soberano de Maricá, fundo de investimento fomentado pelos royalties do petróleo e que serve para financiar a atividade produtiva do município carioca. "Toda cidade pode fazer, é só incluir o pobre no orçamento", afirmou Lula.

    Ainda, o prefeito Horta comentou sobre a moeda municipal de Maricá, o Mumbuca, que, segundo ele, “fomenta a economia da cidade”. Cada pagamento feito com a moeda, 2% vai para o Banco Mumbuca, para um fundo que fomenta empréstimos sem juros. Segundo Horta, “o Mumbuca financia o setor produtivo”.

    Da mesma forma, Maricá tem o ônibus Vermelhinho, da empresa pública, municipal, de transportes que estendeu a passagem gratuita para os cidadãos do município. Horta declarou que é preciso entender o transporte “como direito social fundamental”.

    “Garantir o direito de ir e vir é fundamental e o Estado precisa garantir”, afirmou o prefeito, acrescentando que isso “dá dignidade à pessoa humana e o direito à liberdade”.“Nossa juventude passou a ter acesso a todas oportunidades esportivas e culturais da cidade”, argumentou.

    Ele ainda disse que o dinheiro gasto com transporte público “faz falta no bolso do povo” diante da situação econômica que vive o País, ressaltando que o dinheiro economizado vira comida, aluguel, entre outras coisas. “Faz a economia se dinamizar e favorece a vida do povo”, afirmou.

    Assista a entrevista:

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