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MP apresenta recurso contra rejeição de denúncia sobre ‘rachadinhas’ de Flávio Bolsonaro

Segundo o MP do Rio, "os recursos têm por objetivo levar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF)" as investigações contra Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro (Foto: Reuters/Adriano Machado)

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247 - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) entrou com um recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça (TJ-RJ), que rejeitou a denúncia sobre as investigações das "rachadinhas" envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A informação foi publicada nesta quarta-feira (27) pela CNN Brasil

De acordo com o MP, "os recursos têm por objetivo levar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) o conhecimento de matéria de lei federal e constitucional debatidas no julgamento que resultou na rejeição da denúncia ajuizada no 'caso das rachadinhas' contra o senador Flávio Bolsonaro".

Entre 2003 e 2018, Flávio Bolsonaro cumpriu quatro mandatos parlamentares consecutivos na Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj). Estima-se que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados em um esquema de "rachadinha", no qual funcionários do então deputado devolviam parte do salário que recebiam na Alerj. De acordo com as investigações, o dinheiro era lavado com uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis.

Um total de 13 funcionários participou da "rachadinha". Segundo investigadores, foram identificados 383 depósitos na conta bancária de Fabrício Queiroz, em valores que, somados, passam de R$ 2 milhões - ele era assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj. 

Organização do esquema

O MP do Rio disse que três grupos de pessoas foram contratadas no gabinete de Flávio, segundo o portal G1. Um deles é o da Família Queiroz (esposa dele e duas filhas) e nove ex-assessores de Flávio. 

O outro grupo era formado por parentes do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto durante uma operação policial na Bahia em 2020. Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, que era esposa dele, e Raimunda Veras Magalhães, sogra do ex-policial, são suspeitas de terem sido funcionárias fantasma da Alerj.

De acordo com investigadores, as duas receberam R$ 1,029 milhão do gabinete de Flávio e repassaram ao menos R$ 203 mil a Queiroz.

O outro grupo identificado pelo MP-RJ foi o da Família Siqueira. Segundo o ministério, dez pessoas ligadas a Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro (PL), são suspeitas de serem funcionárias fantasmas do gabinete de Flávio. Os nomes incluem o pai de Ana Cristina, primos, tios, irmã e até uma pessoa próxima à família.

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