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MPF denuncia omissão das Forças Armadas em evitar 'bolsonarização' do 7 de Setembro em Copacabana

Órgão vê que comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica não adotaram "medidas claras" para evitar que celebrações da Independência fossem utilizadas como palanque pró-Bolsonaro

Bolsonaro participa de ato eleitoral no Rio de Janeiro, durante as festividades do Bicentenário da Independência (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

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247 - O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação contra a União por omissão em relação aos atos bolsonaristas de Copacabana em 7 de setembro de 2022 e a sua associação à celebração dos 200 anos da Independência do Brasil, informa o jornal O Globo.

A ação indica negligência da União por deixar de adotar "medidas preventivas de autocontenção na realização das comemorações cívico-militares" e cita que comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica não adotaram "medidas claras" para evitar que as comemorações do feriado da Independência fossem utilizadas como "palanque para manifestação político-partidária" pró-Jair Bolsonaro (PL).

O MPF pede a condenação da União e a elaboração de um pedido de desculpas público e um relatório sobre o ocorrido como forma de reparação pelos danos causados. Além disso, pede a responsabilização dos envolvidos, por meio de medidas disciplinares.

O entendimento do órgão é que, além da falta de medidas para evitar a partidarização das comemorações, os comandantes das Forças Armadas agiram para "estimular a confusão" das celebrações do feriado com as manifestações pró-Bolsonaro,  dado que ambas ocorreram em locais muito próximos.

A comemoração do 7 de setembro no Rio tradicionalmente ocorre na avenida Presidente Vargas, mas desta vez o local foi alterado. "A manifestação bolsonarista ocorreu na esquina da avenida Atlântica com a rua Souza Lima, no posto 5, enquanto o ato oficial da Independência aconteceu no posto 6", lembra o Globo. E não havia equipamentos para diferenciar os dois eventos.

A ação também menciona os atos terroristas de Brasília no dia 8 de janeiro como uma das consequências da politização das Forças Armadas e diz que "o fato de agentes públicos militares em posição de alto comando terem adotado procedimento que não convergiu com a neutralidade política das Forças Armadas indica a necessidade de serem adotadas medidas nos comandos militares da região que ressaltem a importância da democracia e sublinhem a neutralidade das forças no jogo político".

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