HOME > Sudeste

Polícia investiga mais dois estudantes por ataque em escola de SP

Um deles se encontrou com a autor do atentado, um adolescente de 13 anos, minutos antes de ele entrar na sala de aula, esfaquear e matar a professora Elisabeth Tenreiro

Ato de desagravo às vítimas de violência nas escolas – Praça da República, São Paulo, SP. 29 de março de 2023 (Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Agenda do Poder - A Polícia Civil investiga mais dois alunos da escola estadual Thomazia Montoro por suspeita de terem participado e incentivado o ataque que deixou uma professora morta e cinco feridos na zona oeste de São Paulo.

Um deles se encontrou com a autor do atentado, um adolescente de 13 anos, minutos antes de ele entrar na sala de aula e esfaquear a professora Elisabeth Tenreiro, 71, que morreu por causa dos ferimentos. O outro fez postagens nas redes sociais elogiando o atentado, e era da mesma sala do agressor.

As suspeitas contra um dos alunos surgiu após a polícia ter acesso a novas imagens das câmeras de segurança, que mostraram o que o adolescente fez na escola antes de atacar a professora. As imagens mostram que o agressor e um aluno se encontraram em frente ao banheiro da unidade, conversaram e entraram juntos no local.

Pouco tempo depois, o suspeito sai do banheiro e, em seguida, o agressor sai já vestido com a máscara que usou durante o atentado.

“Eles conversaram, [a imagem] mostra uma proximidade entre os dois, eles conversam, adentram o banheiro”, disse o delegado Marcus Vinicius Reis, do 34º DP (Vila Sônia).

“Nós temos uma faca, um pedaço de tesoura, então a gente está avaliando se algum desses instrumentos utilizados no crime foi efetivamente fornecido [pelo colega do agressor]”, declarou.

A polícia ouviu esse adolescente nesta quarta (29), após assistir às imagens. Segundo o delegado, o jovem negou participação, dizendo que não sabia que o colega faria um atentado. O delegado não confirmou se o suspeito é ou não dá mesma sala do agressor.

Já o aluno que fez postagens sobre o ataque, louvando o crime, já havia sido ouvido pela polícia.

A polícia acredita que as mensagens a favor de ataques em escolas dos colegas do agressor podem ser enquadradas como apologia a crime, prevista no artigo 287 do Código Penal. Segundo Reis, o autor das mensagens é amigo do jovem que matou a professora.

A polícia entrou em contato com a diretora de outra escola onde o agressor já estudou na região de Raposo Tavares, também na zona oeste de São Paulo, e deve ouvi-la sobre o comportamento dele antes de estudar na Thomazia Montoro, que foi alvo do atentado. O delegado pretende tomar esse depoimento nesta quinta (30).

Reis afirmou que o Ministério Público foi favorável ao pedido de quebra de sigilo telemático e telefônico do celular do adolescente. A expectativa é que, com isso, a Justiça dê a autorização também até esta quinta-feira. O processo tramita em sigilo. Com informações da Folha de São Paulo.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: