Polícia prende 21 e desarticula milícia no Rio
Numa das maiores operações das forças de Segurança Pública contra as milícias do Rio de Janeiro, cerca de 350 agentes participaram da ação contra a máfia de exploração em um condomínio do programa "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal; a quadrilha chegava a lucrar mais de R$ 1 milhão por mês; 21 pessoas foram presas na ação, segundo a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg); uma das prisões foi em flagrante e as outras foram feitas com base em 27 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justilça do Rio; na operação, foram apreendidas armas de fogo, munição, diversos documentos, além de veículos de luxo, de valores incompatíveis com a renda das pessoas que foram presas
Rio 247 - Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) realizaram nesta quinta-feira, 7, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, uma grande operação contra a milícia que atua na região. Cerca de 350 agentes participaram da ação contra grupo que, entre os crimes apontados, criou uma máfia de exploração em um condomínio do programa "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal. A quadrilha chegava a lucrar mais de R$ 1 milhão por mês.
Até as 13h, 21 pessoas haviam sido presas na ação, segundo a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg). Uma das prisões foi em flagrante e as outras foram feitas com base em 27 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justilça do Rio – cinco deles destinados a policiais militares. Dois eram referentes a Toni Ângelo, preso em 2013, e Gão, preso nesta terça.
"As milícias existem há 20 anos e nunca foram combatidas antes. Muitos até apoiavam. Hoje, é um trabalho difícil, até porque há tentáculos, ramificações. É difícil", disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
Segundo a polícia, milicianos cobravam pela internet clandestina e também extorquiam alguns moradores na compra de cestas básicas e também através de agiotagem. "Moradores eram torturados e até mortos se não aceitassem as condições da milícia", disse André Drummond, delegado de Polícia Civil. Segundo a polícia, o grupo atuava nos condomínios Ferrara, Trento, Terni, Livorno, Treviso e Varezi, todos em Campo Grande.
"Eles sequestravam pessoas no meio da noite, cobriam com panos pretos, para dificultar uma potencial identificação, e sumiam com o corpo", disse Luiz Augusto Braga, da Draco.
De acordo com as investigações, alguns contaram em depoimento que acompanharam homicídios em plena luz do dia. "Os homens desse grupo paramilitar faziam isso para dar exemplo e matavam também quem havia sido expulso e tentava voltar, mesmo que fosse só para buscar pertences", disse Capote.
Na operação, foram apreendidas armas de fogo, munição, diversos documentos, além de veículos de luxo, de valores incompatíveis com a renda das pessoas que foram presas.
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