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    São Paulo tem escalada de prisões e alta de denúncias de maus-tratos ou tortura policial

    A cada 22 pessoas detidas, uma alegou ter sido vítima de tortura ou agressão. Dados mostram ainda que três em cada quatro unidades prisionais estão superlotadas

    Formatura de soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo. (Foto: Diogo Moreira/A2 FOTOGRAFIA)

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    247 - No primeiro trimestre de 2023, o estado de São Paulo registrou o maior número de denúncias de maus-tratos ou tortura policial da série histórica, totalizando 954 casos, de acordo com o monitoramento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre audiências de custódia. 

    No período de janeiro a março deste ano, foram realizadas 20,4 mil audiências de custódia, também um recorde, informa o Metrópoles. Desde 2015, a legislação brasileira determina que o preso seja apresentado a um juiz em até 24 horas. Além de combater a política de encarceramento em massa, as audiências de custódia visam coibir casos de violência policial no ato da prisão. 

    As estatísticas de 2023 mostram que, a cada 22 pessoas detidas, uma alegou ter sido vítima de tortura ou agressão policial, um aumento de 27% em relação ao primeiro trimestre de 2020. 

    As denúncias foram feitas pelos presos na presença de um juiz, um promotor do Ministério Público (MPSP) e um representante da Defensoria Pública de São Paulo. 

    A análise dos dados também indica que houve um aumento na tendência de os juízes confirmarem a prisão em vez de concederem liberdade provisória, que é considerada prioritária pela legislação. Em 2023, 69% dos casos resultaram em prisões preventivas, em comparação com 62% em 2020. 

    A quantidade de presos cresceu durante o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e já afeta o sistema prisional paulista, onde três em cada quatro unidades estão superlotadas.

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