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Secretário de Tarcísio que quer acabar com livros passa a ser investigado por conflito de interesses

O titular da Educação do estado de São Paulo é sócio de uma offshore dona de 28% das ações da empresa Multilaser, que mantém contratos milionários com a pasta

Tarcísio de Freitas (à esq.) e Renato Feder (Foto: Divulgação)

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247 - Após confirmar na última terça-feira (1) o fim dos livros impressos nas escolas públicas do estado de São Paulo, o secretário de Educação, Renato Feder, agora é investigado pela Procuradoria Geral de Justiça (PGR), que apura suspeita de conflito de interesse entre o titular da pasta e o cargo dele. A investigação foi aberta em março pela Promotoria da Cidadania e enviada ao procurador-geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo. O secretário é sócio de uma offshore dona de 28,16% das ações da empresa Multilaser, que mantém contratos de R$ 200 milhões com a pasta comandada por ele, na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). 

De acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (4) pelo blog do Fausto Macedo, foi a segunda investigação sobre a ação do secretário. Feder é acionista da Dragon Gem LLC, com sede no estado de Delaware (EUA). Os contratos de sua pasta com a Multilaser foram assinados em dezembro de 2022 pela secretaria, após a eleição de Tarcísio de Freitas, mas antes da posse Feder. 

O secretário também terá de prestar esclarecimentos à Assembleia Legislativa após um requerimento de informações 79/2023, de autoria do deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL), que cobrava qual a relação de Feder com a Multilaser e questionou se o contrato estava sendo cumprido tanto pela empresa quanto pelo governo Tarcísio. 

O titular da Educação foi criticado nos últimos dias por causa do fim dos livros. Ele decidiu que não os 10 milhões de exemplares para os alunos do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) no próximo ano e usar apenas material digital. Pela primeira vez, as escolas estaduais paulistas não receberão os livros didáticos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), administrado pelo Ministério da Educação (MEC).

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