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Sidney Rezende: não será fácil identificar quem mandou matar Marielle

Jornalista reagiu à fala do ministro da Justiça e acredita que uma das maiores dificuldades para solucionar o caso será a federalização

Jornalista Sidney Rezende e Marielle Franco (Foto: Reprodução | ABR)

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247 -  O jornalista Sidney Rezende reagiu à fala do ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre a Polícia Federal investigar a morte da vereadora Marielle Franco. Em reportagem publicada em seu site de notícias SRzd, nesta terça-feira (3), Rezende diz que não será uma tarefa fácil para Dino identificar quem mandou matar Marielle, e questiona como o ministro conseguirá vencer um dos maiores obstáculos do caso: a federalização.

"Isso não é só uma questão de vontade. Tem que haver um requerimento ou o governo do estado abrir mão e passar isso. Não vejo, com as ligações do governador, que ele resolva, se depender dele. Não sei se depende só dele. Se depender dele, eu acho que ele não vai passar para a Polícia Federal. É claro que vai pesar, então, sobre as costas dele tentar resolver esse assunto, dar uma ordem expressa. Eu vejo com bom tom o Flávio Dino, ainda na presença da irmã da Marielle [Anielle Franco], que agora é ministra [da Igualdade Racial], que tenha mencionado isso. É uma frustração de todo o povo, de toda a democracia”, destaca a reportagem.

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Rezende parabeniza a atitude louvável de Dino, mas lista outros dois fatores que podem impactar as investigações: “a confusão entre uma investigação técnica isenta e as implicações políticas”

 “A motivação política para federalizar é anterior à análise do caso e do direito. Definitivamente, não gosto desse tipo de conduta. Isso não significa que não deva existir uma grave investigação acerca dos mandantes do caso, uma vez que até o momento se concluiu que os presos foram os executores da morte e até o momento se desconhecem os motivos do crime – que em razão dos assassinos terem sido à soldo, os motivos repousam sobre os mandantes. Quem são eles?”, destaca o artigo. 

O texto também sugere duas hipóteses para que a investigação possa ser federalizada. “Só há duas possibilidades para que a Polícia Federal entre na investigação. A primeira é buscar uma cooperação com o Governo do Estado do Rio para que a Polícia Federal possa cooperar com as investigações. Porém, neste caso, há necessidade do governador Cláudio Castro consentir. Esta seria a hipótese mais fácil para que houvesse uma cooperação entre Polícia Civil do Rio, Polícia Federal, MPF e MPRJ, o que acontece em diversos casos em que as forças policiais e MPs trabalham conjuntamente. A segunda hipótese é que o ministro da Justiça peça à PGR que novamente faça o pedido de federalização do caso tendo em vista que até a presente data os referidos assassinatos não foram solucionados”, destaca o texto. 

Leia o texto na íntegra

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