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Sindicato dos Advogados de São Paulo diz que ação policial que resultou em morticínio no Guarujá foi 'vingança desproporcional'

"Governador Tarcísio de Freitas e seu Secretário de Segurança dão mal exemplo, quando avalizam e incentivam ações que não se diferenciam às do crime organizado", diz o Sasp em nota

(Foto: Reprodução/Facebook)

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247 - A Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP) divulgou nota se solidarizando com a família do policial militar Patrick Bastos Reis, morto durante uma operação no Guarujá, e condenando a operação policial que se seguiu e acabou por deixar ao menos dez mortos na Baixada Santista. Na nota, a comissão de direitos humanos do SASP também pede que outras organizações da sociedade civil cobrem providências das autoridades sobre o caso.

“O que o Estado, através do Governo de São Paulo, fez é absolutamente reprovável inaceitável, pois partiu para uma vingança desproporcional, com invasão à comunidade, aparentemente sem nenhum plano e matando a esmo, torturando, intimidando os moradores, tratando a todos como suspeitos e bandidos”, diz um trecho do texto. >>> Chacina policial deixa pelo menos dez mortos no Guarujá e polícia ameaça matar 60 pessoas

Ainda segundo os advogados, “o governador Tarcísio de Freitas e seu Secretário de Segurança dão mal exemplo, quando avalizam e incentivam ações que não se diferenciam às do crime organizado". "As autoridades do Estado devem se submeter às leis, e não se comportarem como pretensos justiceiros, produzindo chacinas, como vingança. O Estado deve fazer todos os esforços para garantir a segurança pública, mas não à custa de execuções extrajudiciais e maior letalidade, sem que haja o devido processo legal”.

Leia a íntegra da nota da Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP):

“A Defesa da Vida e contra a escalada de Violência no Guarujá

A defesa da vida é parte fundamental da luta pelos direitos humanos e dignidade.

A morte violenta de Policial Militar, de um agente público, deve ser repudiada e merece a nossa solidariedade e aos seus familiares.

O recente caso do jovem Soldado da Rota Patrick Bastos Reis, morto numa operação policial no Guarujá, é uma perda para sociedade e para segurança pública de São Paulo.

Dito isso, o que o Estado, através do Governo de São Paulo, fez é absolutamente reprovável inaceitável, pois partiu para uma vingança desproporcional, com invasão à comunidade, aparentemente sem nenhum plano e matando a esmo, torturando, intimidando os moradores, tratando a todos como suspeitos e bandidos.

O governador Tarcísio de Freitas e seu Secretário de Segurança dão mal exemplo, quando avalizam e incentivam ações que não se diferenciam às do crime organizado.

As autoridades do Estado devem se submeter às leis, e não se comportarem como pretensos justiceiros, produzindo chacinas, como vingança.

O Estado deve fazer todos os esforços para garantir a segurança pública, mas não à custa de execuções extrajudiciais e maior letalidade, sem que haja o devido processo legal.

Reafirmamos a solidariedade com a família do Soldado da Rota Patrick Bastos Reis, não obstante, repudiamos a conduta posterior do Governo de São Paulo, produzindo mortes e ameaças de forma violenta e absolutamente ilegal.

A comissão de direitos humanos do SASP conclama as organizações da sociedade civil, OAB, MNDH, entre outras para cobrar providências juntos à Ouvidoria, CONDEP, MP, CDH ALESP.

Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP)”

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