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Trabalhadores da Mercedes no ABC aprovam proposta para reduzir impacto de terceirização na fábrica

Para Sindicato dos Metalúrgicos, acordo viabiliza futuro da unidade de São Bernardo

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, (Foto: Andris Bovo/SMABC)

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Rede Brasil Atual - Trabalhadores na Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo aprovaram na manhã deste sábado (12), em assembleia, proposta negociada entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a empresa sobre reestruturação na fábrica. De acordo com a entidade, o acordo “garante a redução do impacto da terceirização, anunciada pela montadora em setembro“. E também busca viabilizar o futuro da própria unidade, que atualmente tem 9.500 empregados, sendo 6 mil na produção. A Mercedes pretende terceirizar parte dos setores.

 “Não fugimos da nossa responsabilidade, o sonho da Mercedes é que a fábrica fosse apenas uma montadora, não uma fabricante de veículos, mas isso também não é possível porque tem as vidas dos trabalhadores e das famílias em jogo”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Moisés Selerges, que também é funcionário da Mercedes. “Para o sindicato é importantíssimo que a planta de São Bernardo continue aqui, e as negociações levaram isso em conta”, acrescentou.

 “O principal objetivo na construção do acordo foi garantir o futuro da fábrica e dos empregos, com planejamento e previsibilidade para as nossas vidas”, disse o diretor-executivo e integrante do Comitê Sindical (CSE) na Mercedes Aroaldo Oliveira da Silva, “Queremos discutir o futuro, quais os próximos veículos a serem produzidos e o processo produtivo.”

Realocação e requalificação

Assim, afirmam os metalúrgicos, o acordo “assegura a realocação e a requalificação de todos os trabalhadores nas áreas envolvidas e o futuro da planta de São Bernardo”. Para garantir a realocação, será aberto um plano de demissão voluntária (PDV) para quem está há pelo menos três anos na fábrica. Esse plano inclui uma parte fixa, equivalente a 12 salários, mais uma variável, com um salário por ano trabalhado, até o teto de 22. Para quem já está aposentado, haverá um acréscimo de dois salários.

Além disso, o convênio médico está mantido até dezembro do ano que vem, independentemente da data de saída do trabalhador. O vale-alimentação também continua por 12 meses. “Haverá um calendário do processo, previsto para o primeiro semestre do próximo ano”, informa ainda o sindicato. Já os funcionários contratados por prazo determinado “terão prioridade de contratação assim que houver a retomada do crescimento da produção”.

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