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    Delegados da Lava Jato atacam PT na internet

    Durante a campanha eleitoral, perfis de policiais da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que atuam na operação que investiga o esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, chamaram o ex-presidente Lula de ‘anta’ e compartilharam reportagens a favor do então candidato tucano Aécio Neves; revelação, da jornalista Julia Dualibi, aponta politização da Operação Lava-Jato; ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, poderá tomar medidas disciplinares

    Durante a campanha eleitoral, perfis de policiais da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que atuam na operação que investiga o esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, chamaram o ex-presidente Lula de ‘anta’ e compartilharam reportagens a favor do então candidato tucano Aécio Neves; revelação, da jornalista Julia Dualibi, aponta politização da Operação Lava-Jato; ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, poderá tomar medidas disciplinares (Foto: Roberta Namour)

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    247 - Delegados da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que atuam na Operação Lava Jato, que investiga o esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, usaram as redes sociais para exaltar o tucano Aécio Neves e atacar o PT.

    O delegado Marcio Anselmo, coordenador da Operação, por exemplo, escreveu: “Alguém segura essa anta, por favor", em uma notícia cujo título era: "Lula compara o PT a Jesus Cristo".

    Em outros trechos divulgados em reportagem de Julia Dualibi, no Facebook, os delegados compartilharam propaganda eleitoral do então candidato tucano com o conteúdo da delação premiada de Youssef, que teria acusado Dilma e Lula de conivência com os desvios.

    Eles também repassaram notícias sobre o depoimento à Justiça de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, dizendo que o PT recebia 3% do valor de contratos supostamente superfaturados.

    Um deles, o delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, participa de um grupo chamado Organização de Combate à Corrupção, cujo símbolo é uma caricatura de Dilma coberta por uma faixa vermelha de "Fora, PT!". Ele também compartilhou um link da revista inglesa The Economist que defendia voto em Aécio e outras propagandas eleitorais do tucano.

    A postura foi contestada por especialistas. Segundo o professor de Direito Administrativo Floriano Azevedo Marques, da USP, o servidor não pode se valer de informações sigilosas para fazer suas manifestações: “não convém que (o delegado) repercuta informações sobre a investigação que está conduzindo” (leia mais). 

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