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Inflação desabou, BC está atrasado e queda dos juros precisa ser forte para compensar, diz Gleisi

'O Comitê de Política Monetária precisa acordar', afirmou a presidente nacional do PT. Veja algumas estatísticas

Montagem (da esq. para a dir.: Gleisi Hoffmann, Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Campos Neto e o Banco Central (Foto: Gustavo Bezerra | Reuters | Marcelo Camargo/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil)

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247 - A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), cobrou do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pelo Twitter, que baixe a Selic, taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. A parlamentar citou a inflação em queda como uma das justificativas para o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuir o percentual e, por consequência, estimular o consumo e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. 

"Dados indicam que queda da inflação dos alimentos foi generalizada. Em 2022, a carestia da comida fechou em 13,55% no acumulado de 12 meses. Em seis meses de governo está em 4,14%. E a aposta é que vai continuar caindo. De resto, outro peso na inflação como um todo são os combustíveis que também estão baixando. Ou seja, bom cenário pro Copom acordar. Como a queda dos juros tá atrasada, precisaria ser forte pra fazer diferença e compensar parte dessa extorsão", afirmou.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou alta de preços de 0,04% em junho deste ano. De acordo com números divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa do IPCA-15 foi de 3,16% no ano e 1,12% no segundo trimestre (IPCA-E). 

Em 12 meses, o percentual foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% acumulados até maio. O Banco Central informou que a meta é uma inflação de 3,25% em 2023, de 3,00% para 2024 e 3,00% para 2025. 

Quando os juros aumentam, o crédito fica mais caro, as pessoas têm menos dinheiro para gastar, e os preços dos produtos no Brasil diminuem ou param de cair. A inflação é usada como justificativa para a alta da Selic.

Ao menos dois fatores ajudam a explicar por que o alto percentual dos juros é motivo de críticas. Um é que a inflação no Brasil está em queda, segundo números oficiais. O outro é que o País está com a demanda baixa por conta do desemprego, da informalidade no mercado de trabalho e das dificuldades de acesso ao crédito. As pessoas estão com pouco dinheiro para gastos - e em um cenário com preços caindo. Então, aliados do governo Lula reforçam que não há razão para o argumento de que é preciso manter a Selic alta para segurar a inflação. 

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