Novo juiz da Lava Jato acionará o Conselho Nacional do Ministério Público contra procuradora que pediu suspeição de magistrado
Procuradora Carolina Bonfadini de Sá acusou Eduardo Appio de ter preferência por Lula e que esta posição poderia atrapalhar o Judiciário. Mas Sergio Moro é que foi condenado
247 - O novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) nos casos da Operação Lava Jato, Eduardo Appio, vai ao Conselho Nacional do Ministério Público contra a procuradora Carolina Bonfadini de Sá, que pediu à Justiça a suspeição dele, ao acusá-lo de ter preferência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que esta posição política poderia atrapalhar o trabalho do magistrado. A informação sobre a iniciativa de Appio foi publicada nesta sexta-feira (3) pelo site O Antagonista.
Apesar das acusações feitas pela procuradora, o antecessor de Appio na Lava Jato, o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) foi alvo de investigação por causa de trechos de conversas dele com procuradores do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR). A partir de 2019, o Intercept Brasil e outros veículos divulgaram os diálogos. Responsáveis pela publicação das mensagens mostraram que Moro agia como uma espécie de assistente de acusação.
Após tirar Lula da eleição em 2018, ao condená-lo, Moro foi ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), em 2019. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição de Moro nos processos contra Lula.
Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Dallagnol doasse o valor de R$ 75 mil a Lula por causa da apresentação do PowerPoint em 2016, quando a Lava Jato denunciou o petista sem provas.
Em junho do ano passado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e ficou impossibilitado de concorrer a senador pelo estado. Ele disputou a eleição no Paraná, onde julgava os processos de primeira instância da Lava Jato.
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