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PT e PL apontam dívida de Moro com pré-campanha quatro vezes maior que o teto estabelecido pela Justiça Eleitoral

Ex-juiz suspeito teria gasto mais de R$ 19 milhões em sua pré-campanha ao Senado, ante um teto de de R$ 4,4 milhões estabelecido pelo TRE-PR

Sergio Moro (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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247 - O ex-juiz suspeito e atualmente senador pelo União Brasil, Sergio Moro (PR), pode ter uma dívida acumulada quatro vezes superior ao teto de despesas fixado pela Justiça Eleitoral para a pré-campanha ao Senado pelo Paraná em 2022. De acordo com a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, as ações pela cassação do mandato do parlamentar movidas pelo PT e PL “listam contratações que, se confirmadas na tramitação dos casos, superam os R$ 19 milhões. O limite a ser gasto no período era de R$ 4,4 milhões”.

A diferença entre o valor estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o montante alegado pelas acusações é atribuída à suposta aplicação da mesma estratégia financeira que ele teria utilizado em sua tentativa de concorrer à Presidência da República em 2022 - corrida da qual desistiu ao mudar de partido - para disputar uma vaga no Legislativo.

“Os maiores montantes são referentes a serviços de marketing político. Teria sido firmado, de acordo com as ações, um contrato de R$ 2 milhões com a D7 Produções Cinematográficas, do marqueteiro Pablo Nobel, para a produção de vídeos para internet e inserções partidárias na TV. Depois, outro compromisso de R$ 14,8 milhões teria sido feito com a 2022 Comunicação SPE, também de Nobel, para o gerenciamento de imagem, discursos e conteúdos ligados à candidatura de Moro ao Legislativo”, destaca a reportagem

As ações também mencionam termos contratuais para a contratação de advogados, com indicação de R$ 1 milhão fechados com o escritório Vosgerau & Cunha (cujo sócio Luis Felipe Cunha foi eleito primeiro suplente de Moro) e R$ 188 mil com a SS Advocacia, representada por Uziel Santos, coordenador de campanha. Outros R$ 30 mil teriam sido empenhados com a FCL Law & Trading, uma empresa especializada em estudos jurídicos.

As acusações incluem ainda valores negociados para campanhas eleitorais (R$ 663,5 mil com a Einstein Tecnologia) e consultoria (R$ 360 mil com a Bella Ciao Assessoria Empresarial, também de propriedade de Cunha, que estaria envolvida na elaboração de um plano de governo).

Além das despesas já mencionadas, os partidos que acusam Moro esperam que as provas apresentadas pelo Podemos e União Brasil indiquem outros gastos, como as viagens realizadas pelo então pré-candidato a Nova York, países da Europa e destinos nacionais para a divulgação da pré-candidatura, bem como compras de roupas, acessórios e outros itens que teriam sido bancados pelo Podemos.

“A ordem para que as provas sejam adicionadas ao caso foi proferida em 13 de junho mas, até aqui, não foi cumprida. O TRE do Paraná até agora não intimou o Podemos e o União Brasil a cumprir a determinação”, ressalta a reportagem.

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