247 - &nbsp;Indígenas do povo Krenak realizaram na última terça-feira (20), um protesto em frente a um hotel em Brasília, onde ocorreu uma nova rodada de negociações para a repactuação do desastre socioambiental em Mariana, ocorrido em 2015. O grupo criticou a ausência de participação das comunidades diretamente atingidas pelas consequências do rompimento da Barragem de Fundão, que devastou o Rio Doce e impactou a vida de mais de um milhão de pessoas, incluindo os Krenak.
A manifestação ocorreu enquanto representantes dos governos federal e estaduais, da Advocacia-Geral da União (AGU), das empresas mineradoras Vale, BHP Billiton e Samarco, e de órgãos como os ministérios públicos e defensorias públicas, além do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), realizavam negociações a portas fechadas. Os indígenas protestaram contra a falta de inclusão das comunidades afetadas no processo de reparação e exigiram ser ouvidos.
Wakrewa Krenak, uma das lideranças do movimento, afirmou: "Estamos aqui para dizer que somos contra essa repactuação feita sem a nossa participação. Nosso povo está lutando por direitos há anos, e precisamos ser ouvidos do nosso jeito, não da forma que vocês impõem a portas fechadas."
O ato reuniu cerca de 30 indígenas e foi uma tentativa de chamar a atenção das autoridades e da sociedade para a necessidade de maior transparência e justiça no processo de reparação. Os Krenak, cuja cultura e sobrevivência estão profundamente ligadas ao Rio Doce, reivindicam a inclusão de suas vozes nas decisões sobre a recuperação ambiental e social da região. Após o protesto, o grupo planeja permanecer em Brasília para discutir suas demandas em uma reunião no Ministério dos Povos Indígenas.

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Meio Ambiente

Indígenas Krenak protestam em Brasília contra exclusão nas negociações sobre acidente de Mariana

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