247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou nesta terça-feira (30) que o aumento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2024 ficou acima das expectativas. O crescimento da indústria passa, primeiramente, pelo aumento do consumo, que subiu 1,3% na comparação com o 1º trimestre do ano, e 4,9% em relação ao mesmo trimestre de 2023.
Na avaliação da CNI, o mercado de trabalho aquecido foi um dos motivos para o desempenho do PIB. Também contribuíram para o aumento do consumo a maior oferta de crédito e a expansão fiscal, com a alta do salário-mínimo e a ampliação das transferências de renda por parte do governo.
"A CNI considera que a composição do crescimento do PIB no período tem características mais saudáveis em relação ao que foi visto no ano passado, pois o resultado é menos baseado na demanda externa e mais no avanço dos investimentos", complementou.
A alta de 2,1% do investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) frente aos três primeiros meses do ano, e de 5,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2023, também impulsionou o resultado positivo da indústria. Os cortes na taxa Selic iniciados no ano passado, assim como o Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano Mais Produção, se traduziram no aumento da produção nacional e das importações de bens de capital, como máquinas, equipamentos e materiais de construção. Os aprimoramentos no programa Minha Casa, Minha Vida, por sua vez, ajudaram a puxar o setor de habitação.
Mais consumo e mais investimento se refletiram em um aumento da demanda por produtos industrializados. De acordo com o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, a demanda por esses itens subiu 5,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023.
<h2>Segmentos Industriais</h2>
No 2º trimestre de 2024, a maioria dos segmentos do PIB industrial registrou resultados positivos. A Indústria de Transformação avançou 1,8%, em seu quarto trimestre consecutivo de crescimento. A Indústria da Construção subiu 3,5%, enquanto o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos aumentou 4,2%, recuperando o recuo observado no primeiro trimestre do ano.
A Indústria Extrativa foi o único segmento industrial que registrou queda no 2º trimestre em relação ao trimestre anterior, com recuo de 4,4%. Ainda assim, vale notar que essa queda ocorre após o segmento ter um desempenho de destaque em 2023, quando cresceu 8,7% em comparação a 2022.

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Economia

CNI: PIB do segundo trimestre veio acima das expectativas

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