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    Brasil se declara livre de febre aftosa sem vacinação e buscará reconhecimento global

    O país, dono do maior rebanho bovino comercial do mundo, é também o maior exportador de carne bovina, tendo a China como o maior importador de seu produto, seguida pelos EUA

    Trabalhador em frigorífico (Foto: Reuters)

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    SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil pode se considerar um país livre de febre aftosa sem vacinação e buscará o reconhecimento deste status pela Organização Mundial de Saúde Animal, para sua carne ter acesso a mercados mais exigentes, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quinta-feira.

    "A partir do reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal, e iremos ainda fazer este processo até o começo do ano que vem, nós vamos poder vender com certeza para Japão, Coreia, do Sul, que são (mercados) mais remuneradores", disse o ministro, em uma transmissão por canal do governo.

    Segundo ele, a partir do momento em que o Brasil seguiu procedimentos para se declarar livre da febre aftosa sem vacinação, o país dá um passo importante para tal reconhecimento global.

    O país, dono do maior rebanho bovino comercial do mundo, é também o maior exportador de carne bovina, tendo a China como o maior importador de seu produto, seguida pelos Estados Unidos.

    Mas o fato de muitos Estados ainda serem livre de aftosa, mas com vacinação, isso limita o comércio com alguns países.

    Em março, o Ministério da Agricultura publicou uma portaria, com validade a partir desta quinta-feira, reconhecendo 16 Estados e o Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa sem vacinação, ampliando o número de entes federativos com este status.

    A febre aftosa, que não é registrada no país há muitos anos, embora tenha sido um problema sanitário no passado, geralmente ataca rebanhos de animais com casco fendido, como bovinos. A doença reduz a produtividade dos rebanhos.

    Segundo o ministro, "a retirada da vacina de febre aftosa não é o fim do processo", mas sim o "início de outro em que o Brasil troca de patamar para um grupo de elite".

    (Por Roberto Samota)

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