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CNA sugere alta de 30% nos recursos do novo Plano Safra e suplementação de R$ 2,1 bilhões para seguro

Do total para financiamentos à agricultura empresarial, R$ 359 bilhões seriam destinados ao custeio e comercialização, enquanto R$ 111 bilhões seriam para investimentos

Luiz Inácio Lula da Silva e outras lideranças durante evento do Plano Safra (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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SÃO PAULO (Reuters) - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reivindicou nesta quarta-feira ao governo um aumento de mais de 30% nos recursos para financiamentos do Plano Safra 2024/25 em relação ao ciclo passado, para 570 bilhões de reais.

Em documento entregue ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a principal entidade do setor agropecuário do Brasil justifica o aumento da necessidade de recursos citando as perdas na última safra como consequência do fenômeno El Niño, enquanto os preços das commodities se mantiveram pressionados pelo cenário da oferta global.

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"Associados aos desafios climáticos, às projeções de redução nos preços dos produtos agropecuários e à manutenção dos custos de produção ainda em patamares elevados, os obstáculos enfrentados pelos produtores rurais ampliam-se, comprometendo as margens brutas do setor", afirmou a CNA no documento.

Isso "coloca em xeque a viabilidade econômica de muitas atividades agropecuárias", ressaltou.

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Do total para financiamentos à agricultura empresarial, 359 bilhões de reais seriam destinados ao custeio e comercialização, enquanto 111 bilhões seriam para investimentos.

A confederação ainda pediu 100 bilhões de reais para financiar a agricultura familiar, que no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ter um orçamento separado.

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Na temporada passada, entre a agricultura empresarial e familiar, o governo destinou ao todo cerca de 435,8 bilhões de reais em financiamentos.

Em um contexto de margens apertadas e queda de produção, a entidade quer garantir uma suplementação de 2,1 bilhões de reais em recursos para a subvenção do prêmio do seguro rural em 2024. Esse montante se somaria ao orçamento de pouco mais de 900 milhões de reais para o programa, totalizando cerca de 3 bilhões de reais neste ano.

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Para 2025, a CNA propõe 4 bilhões de reais em subvenções para o seguro, afirmando ser este um instrumento fundamental para mitigar os riscos inerentes à atividade agropecuária.

Segundo a entidade, os recursos à disposição atualmente são insuficientes para a subvenção do prêmio.

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Com relação aos juros, a entidade propõe redução de 0,5 ponto percentual nas taxas de financiamento para agricultores que adotam práticas agrícolas mais sustentáveis. Outra opção seria dar limite extra financiável de 20% nos custeios desses produtores.

A CNA pediu também que o governo priorize recursos para as finalidades de investimento, principalmente aos pequenos e médios produtores (Pronaf e Pronamp) e aos programas para construção de armazéns (PCA), irrigação (Proirriga), inovações tecnológicas (Inovagro) e para Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (Renovagro).

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A entidade também quer medidas que ampliem as fontes de recursos do crédito rural, flexibilizando a aplicação das exigibilidades. Defendeu ainda o avanço do mercado de capitais e títulos privados do agronegócio, possibilitando aumentar o funding do setor.

(Por Roberto Samora)

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