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    FAO: índice mundial de preços de alimentos cai em fevereiro pelo sétimo mês consecutivo

    Preços mais baixos de todos os principais cereais mais do que compensaram o aumento do preço do açúcar e da carne

    Supermercado em Bogotá, na Colômbia (Foto: LUISA GONZALEZ / REUTERS)

    Por Maytaal Angel

    LONDRES (Reuters) - O índice mundial de preços da agência de alimentos das Nações Unidas caiu em fevereiro pelo sétimo mês consecutivo, uma vez que os preços mais baixos de todos os principais cereais mais do que compensaram o aumento do preço do açúcar e da carne.

    O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, atingiu uma média de 117,3 pontos em fevereiro, abaixo dos 118,2 pontos revisados no mês anterior, informou a agência nesta sexta-feira.

    A leitura de fevereiro foi a mais baixa desde fevereiro de 2021.

    O índice de cereais caiu 5% em relação ao mês anterior em fevereiro, ficando 22,3% abaixo do nível de um ano atrás, graças às expectativas de grandes safras de milho na América do Sul e aos preços competitivos oferecidos pela Ucrânia.

    Os preços dos óleos vegetais caíram 1,3% em fevereiro em relação a janeiro, ficando 11% abaixo dos níveis de um ano atrás, em meio às perspectivas de oferta abundante na América do Sul. Os preços do óleo de colza e de girassol também caíram, graças às amplas exportações.

    O índice de açúcar da agência da ONU, por outro lado, aumentou 3,2% em relação ao mês anterior em fevereiro, refletindo preocupações persistentes sobre a próxima safra do Brasil, o maior produtor, e as previsões de queda na produção da Tailândia e da Índia.

    Em relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a agência aumentou sua estimativa para a produção de cereais em 2023 em 1,1% em relação ao ano anterior, para 2.840 milhões de toneladas, graças ao aumento da oferta de milho no Brasil, na China e nos Estados Unidos.

    Para 2024, a agência da ONU estimou que a produção de trigo aumentaria 1% em relação ao ano anterior, para 797 milhões de toneladas, graças ao clima favorável na América do Norte e no principal exportador, a Rússia, bem como na China, Índia, Irã, Paquistão e Turquia.

    (Reportagem de Maytaal Angel)

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