Argentina espera com ansiedade plano econômico que deve ampliar a pobreza e a inflação
Primeiras medidas do governo Milei do ministro Caputo devem envolver ajuste fiscal, desvalorização cambial e liberação total de preços
247 – As expectativas estão altas em relação às medidas econômicas que serão anunciadas hoje pelo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo. Segundo informações do jornal Página 12, o plano incluirá aspectos como o dólar, ajuste de gastos e gestão da dívida interna. O presidente Javier Milei já sinalizou que as mudanças serão significativas. O governo adiou em um dia a divulgação dessas medidas, intensificando especulações e expectativas. Entre as medidas antecipadas está um "profundo ajuste fiscal", conforme indicado pelo porta-voz do governo, Manuel Adorni. No entanto, não se espera que haja restrições aos recentes aumentos de preços. A situação do mercado de câmbio, crucial devido à escassez de divisas, permanece uma grande incógnita.
Na segunda-feira, sob a liderança interina de Miguel Pesce no Banco Central, foi imposta uma "regra de conformidade prévia" para empresas que demandam divisas para pagamentos no exterior. Essa medida limitou significativamente as operações cambiais. Além disso, os exportadores estão adiando a entrada de dólares no país, aguardando as novas regras. O mercado operou em um estado de "feriado cambial", embora não haja uma resolução formal a esse respeito.
Outro desenvolvimento importante foi o fechamento surpresa do registro de exportações de grãos e subprodutos agrícolas pela subsecretaria de Mercados Agroalimentarios. Esta decisão afeta exportadores de milho, trigo, óleo e farinha de soja, que vinham antecipando registros de exportações futuras para fixar o valor das retenções a pagar pelo preço de mercado no dia. Com a esperada depreciação da moeda, que aumentará os preços locais de grãos e subprodutos, os exportadores buscavam garantir um pagamento menor de impostos.
Há rumores de que o valor de referência para o dólar no atacado aumentará significativamente, beneficiando os exportadores, mas impondo um imposto adicional aos importadores. O governo busca, com essas medidas, responder eficazmente ao ajuste de gastos e à gestão de passivos do Banco Central. As reações a essas medidas e seu impacto no mercado financeiro e na economia em geral são aguardadas com grande interesse.
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