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    Argentina investiga possível ligação de sócio de Macri a atentado contra Cristina Kirchner

    A Justiça da Argentina investiga um possível envolvimento do empresário Nicolás Caputo, amigo próximo e sócio do ex-presidente Mauricio Macri

    "Maurício Macri (Foto: Reuters)

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    Sputnik - A Justiça da Argentina investiga um possível envolvimento do empresário Nicolás Caputo, amigo próximo e sócio do ex-presidente Mauricio Macri, à organização de extrema direita Revolução Federal — envolvida com o atentado que tentou assassinar a vice-presidente Cristina Kirchner.

    Em entrevista à agência Sputnik, o advogado José Manuel Ubeira, um dos representantes legais da vice-presidente no processo, confirmou que a juíza federal argentina María Eugenia Capuchetti investiga os possíveis laços do grupo que promoveu o atentado com o empresário macrista.

    "Sim, estão investigando ele. Falam de Caputo e pessoas ligadas a Caputo. Não sei (se eles têm vínculos), é o que dizem e não passa de um rumor. Não temos nenhum certeza, espero que não, porque seria um desastre", revelou Ubeira.

    O chefe da Agência Federal de Inteligência (AFI), Agustín Rossi, denunciou esta quinta-feira que a Revolução Federal estava por trás da tentativa de assassinato da vice-presidente e disponibilizou áudios em que os membros do grupo demonstrando intenções de assassinar também o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o deputado Máximo Kirchner, filho da vice-presidente.

    Segundo a agência Télam, o fundador do grupo, Jonathan Morel, chegou a reconhecer ter recebido 1,76 milhão de pesos (R$ 64,3 mil) do Grupo Caputo, que pertence a Nicolás Caputo. O empresário foi o primeiro vice-presidente do partido fundado por Macri, o Proposta Republicana (PRO), e era chamado pelo ex-presidente de "amigo de alma". Luis Caputo, irmão do empresário, foi ministro no governo do PRO.

    "Não sei se há uma ligação com a Revolução Federal, dizem isso, mas não sei. Sei a mesma coisa que você sabe", disse Ubeira à Sputnik.

    O advogado destacou que há "componentes nazifascistas" na articulação do atentado.

    "É bom dizer que o que temos aqui são corpúsculos nazifascistas que cresceram no calor do neoliberalismo que governa o continente neste momento, e é uma radicalização da direita", afirmou o advogado.

    Em 1º de setembro, Fernando Sabag Montiel apontou uma arma para Cristina a centímetros de seu rosto e disparou duas vezes. Montiel foi preso. Além dele, foram detidas Brenda Uliarte — namorada de Montiel —, Augustina Díaz e Nicolás Gabriel Carrizo, que seria "o chefe" do grupo.

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