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Bolívia anuncia apoio à denúncia da África do Sul contra Israel pelo genocídio dos palestinos

A Bolívia é o primeiro país da América do Sul a endossar a denúncia perante o Tribunal Internacional de Justiça

Luis Arce, presidente da Bolívia (Foto: Reuters)

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247 - O governo da Bolívia expressou apoio e classificou como "histórico" o processo iniciado pela África do Sul contra Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). A ação acusa Israel de genocídio contra a população palestina na Faixa de Gaza. A Bolívia é o primeiro país da América do Sul a ratificar a denúncia da África do Sul Corte junto ao TIJ, mais alto órgão jurídico das Nações Unidas,

Segundo a agência EFE, o Ministério das Relações Exteriores boliviano afirmou por meio de um comunicado que a Bolívia “valoriza a ação histórica tomada pela República da África do Sul” pelas “violações por parte de Israel das suas obrigações no âmbito da Convenção do Genocídio com o povo palestino na Faixa de Gaza”. O comunicado destaca, ainda, que a Bolívia considerou que a África do Sul “deu um passo histórico na defesa do povo palestino” e que deveria ser acompanhada “pela comunidade internacional que apela ao respeito pela vida”.

Em novembro do ano passado, a Bolívia, juntamente com a África do Sul, Bangladesh, Comores e Djibouti, apresentou um pedido ao Procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar a situação na Palestina.O governo boliviano, liderado pelo presidente Luis Arce, rompeu relações diplomáticas com Israel no final de outubro, buscando uma solução definitiva para a questão palestina e o reconhecimento de um Estado palestino livre e independente. O país também havia tomado uma medida semelhante em 2009, revertida em 2020 pelo governo interino de Jeanine Áñez.

O Tribunal Internacional de Justiça anunciou em 29 de dezembro que recebeu a documentação da África do Sul para iniciar o procedimento de queixa contra Israel. O governo israelense afirmou que responderá à "absurda difamação de sangue" da África do Sul e alegou que o país africano se alinha com o grupo Hamas.

Em resposta, Israel acusa o Hamas de realizar um "ato de genocídio" no ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza. As milícias palestinas teriam causado a morte de cerca de 1.200 pessoas, incluindo crianças, mulheres e idosos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. O país prometeu comparecer perante o Tribunal Internacional de Justiça para apresentar sua defesa. Até o momento, os bombardeios israelenses já deixaram cerca de 23 mil palestinos mortos, a maioria mulheres e crianças. 

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