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    Claudia Sheinbaum toma posse hoje como presidenta do México

    É a primeira mulher a assumir a Presidência da República mexicana

    Ex-prefeita da cidade do México Claudia Sheinbaum discursa em cerimônia México 10/09/2023 REUTERS/Henry Romero (Foto: HENRY ROMERO)

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    247 - A presidenta eleita do México, Claudia Sheinbaum, toma posse nesta terça-feira (1). É a primeira mulher na história a receber o mandato presidencial mexicano. Participarão representantes oficiais de 105 países, entre eles 19 líderes.

    Ela vai prestar o juramento legal perante o Congresso. De acordo com o artigo 87 da Constituição, estas são as palavras que Claudia Sheinbaum deve proferir como nova titular do Executivo:

    “Prometo manter e garantir que a Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos e as leis que dela emanam sejam cumpridas, e para exercer leal e patrioticamente o cargo de Presidente da República que o povo me conferiu, olhando em todas as coisas para o bem e a prosperidade da União; e se eu não o fizer, que a Nação exija isso de mim."

    Entre outros desafios, seu mandato será marcado pelas eleições nos EUA em 5 de novembro, quando saberá quem será seu interlocutor em Washington pelos próximos quatro anos.

    A escolha entre Kamala Harris ou Donald Trump para o comando da Casa Branca também será crucial para o clima de boa vizinhança. 

    Crescimento e reforma judicial

    De acordo com o Banco Mundial, a economia mexicana cresceu 3,2% no ano passado. Isso significa que o México alcançou um crescimento econômico acima de 3% pelo segundo ano consecutivo. De acordo com informações oficiais, a taxa de pobreza caiu de 43,9% (2020) para 36,3% (2022) - cerca de 8,8 milhões de mexicanos teriam saído da pobreza.

    Uma reforma judicial causou alvoroço nas últimas semanas. Ela foi rapidamente aprovada pelas instituições em tempo recorde, apesar de inúmeros protestos, e causou preocupação entre parceiros comerciais.

    A reforma determina que, no futuro, todos os juízes federais serão eleitos diretamente. Críticos da medida temem que o crime organizado, que já tem grande influência no México, ganhe mais influência sobre o Judiciário.

    O embaixador dos EUA no México, Ken Salazar, disse há algumas semanas que essa reforma ameaça as relações construídas, "que dependem da confiança dos investidores na estrutura jurídica mexicana". Entretanto, nos últimos dias de seu mandato, López Obrador aprovou a reforma, que ele chama de "democratização do sistema jurídico".

    Há também ceticismo nos mercados financeiros: após as eleições, a moeda mexicana perdeu 13% de seu valor em relação ao dólar americano.

    O futuro governo de Sheinbaum está respondendo às preocupações das empresas estrangeiras com uma previsão otimista: ela espera um aumento no investimento estrangeiro direto de três a quatro bilhões de dólares por ano, segundo jornal mexicano El Economista. Ao final do mandato de seis anos, em 2030, isso significaria um aumento nos investimentos estrangeiros de até 24 bilhões de dólares.

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