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    Em comentário da mídia chinesa, cooperação com a América Latina é vista como impulso ao desenvolvimento global

    Desde 2014, Xi Jinping propôs a criação de uma comunidade com futuro compartilhado entre a China e a América Latina e o Caribe (ALC)

    (Foto: Reprodução)

    Xinhua - Na reunião histórica e sem precedentes com os líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Brasília, a capital brasileira, em 17 de julho de 2014, o presidente chinês Xi Jinping propôs a criação de uma comunidade com futuro compartilhado entre a China e a América Latina e o Caribe (ALC) para avançar de mãos dadas. Dentro dessa estrutura, foi fundado o Fórum China-CELAC.

    Em dez anos, a visão se tornou ação, o plano, a realidade. O Panamá, República Dominicana, El Salvador, Nicarágua e Honduras estabeleceram ou retomaram relações diplomáticas com a China. Um total de 22 países da América Latina e do Caribe aderiu à Iniciativa Cinturão e Rota por meio da assinatura de diferentes memorandos de cooperação. A China consolidou sua posição como o segundo maior parceiro comercial da região, enquanto o número de países latino-americanos que assinaram acordos de livre comércio com a China aumentou para cinco.

    A China e a ALC, importantes membros do Sul Global, protegem a paz mundial, promovem o desenvolvimento comum, contribuem com forças construtivas para a governança global e aprofundam o diálogo entre diferentes civilizações. A cooperação amigável entre os dois lados em vários campos permitiu que as relações entrassem em uma nova era caracterizada por igualdade, ganhos mútuos, inovação, abertura e benefícios tangíveis para seus povos.

    Durante dez anos, a China e a ALC trabalharam juntas para serem forças estabilizadoras na defesa da paz. Diante de um mundo de turbulência e transformação, tomando como exemplo a contínua intensificação da crise na Ucrânia, a China e a ALC desejam promover conjuntamente a resolução pacífica de diferenças e disputas entre países e participar de forma construtiva da solução política de questões internacionais e regionais importantes.

    Em maio, com a emissão do "Entendimentos Comuns entre a China e o Brasil sobre uma Resolução Política para a Crise da Ucrânia", os dois países convidaram a comunidade internacional a desempenhar conjuntamente um papel construtivo em favor da desescalada da situação e da promoção de conversações de paz.

    Durante dez anos, a China e a ALC vêm trabalhando juntas como forças que promovem a cooperação e o desenvolvimento.

    Desde a construção de infraestrutura, como portos, estradas e hospitais, até a cooperação em campos tecnológicos emergentes, como a economia digital, energia limpa e exploração espacial, bem como o comércio de energia, minerais e produtos agrícolas, os dois lados sempre se uniram para promover a construção conjunta do Cinturão e Rota de alta qualidade, aderir aos conceitos de abertura e inclusão e cooperação mutuamente benéfica e fortalecer o alinhamento de estratégias de desenvolvimento para beneficiar seus povos.

    Em Trinidad e Tobago, o Phoenix Park, projetado e construído por uma empresa chinesa, entrou em operação em janeiro. É o parque industrial mais moderno do Caribe e uma realização exemplar da Iniciativa Cinturão e Rota na região. Aos olhos da ministra do Comércio e Indústria de Trinidad e Tobago, Paula Gopee-Scoon, essa iniciativa representa um investimento em outro território para a China e, para seu país, uma ajuda que lhe permite avançar no desenvolvimento.

    No Peru, o projeto do porto de Chancay, construído pela China, está em pleno andamento. A presidente peruana, Dina Boluarte, afirmou que "transformaremos a maneira como a América do Sul comercializa com o mercado asiático", acrescentando que "o porto de Chancay gerará melhorias no comércio internacional". De acordo com Boluarte, o investimento e a cooperação envolvendo empresas chinesas no Peru não apenas criaram um grande número de empregos, mas também trouxeram tecnologia avançada e conhecimento especializado, e incentivaram a aspiração de expandir a cooperação pragmática com a China para o melhor desenvolvimento do país sul-americano.

    Durante dez anos, a China e a ALC trabalharam juntas para serem forças construtivas para a governança global. Com o objetivo de promover a solução de problemas comuns da humanidade, a cooperação China-ALC está em constante expansão nessa área, permitindo que ambos os lados se tornem participantes e contribuintes plenos da governança global.

    Na economia global, o Brasil, a Argentina e outros países latino-americanos aderiram ao Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII), uma instituição multilateral proposta pela China. Dos 57 membros fundadores aos atuais 109 membros espalhados pelos seis continentes do globo, o BAII elevou significativamente a voz dos países do Sul Global nos assuntos financeiros internacionais, além de aumentar sua resiliência ao lidar com riscos financeiros.

    Na área de redução da pobreza, a China compartilhou técnicas agrícolas com países do Caribe, como Antígua e Barbuda, Dominica, entre outros, tornando-se um modelo de cooperação equitativa entre países grandes e pequenos e ajudando os agricultores locais a aumentar sua renda.

    A cooperação agrícola entre a China e a ALC obteve resultados frutíferos, pois o mecanismo do Fórum Ministerial China-CELAC sobre Agricultura foi continuamente fortalecido e mecanismos bilaterais de cooperação agrícola foram estabelecidos com 19 países da América Latina e do Caribe. Em 2023, o comércio de produtos agrícolas entre a China e a ALC alcançou mais de US$ 81 bilhões, dobrando o valor registrado em 2014.

    Na área de governança climática global, a China compartilhou com os Estados pequenos insulares do Caribe valiosas experiências acumuladas em desenvolvimento sustentável marinho e proteção de ecossistemas marinhos e costeiros. Também investiu na expansão da capacidade de produção de energia renovável e em projetos de infraestrutura para mitigar a mudança climática, melhorando assim o bem-estar da população local.

    Durante dez anos, a China e a ALC trabalharam juntas como forças positivas para o aprendizado mútuo entre civilizações. Tanto a China quanto a ALC têm civilizações antigas profundas e extensas. Por meio da apreciação e do aprendizado mútuos entre as duas civilizações e seu progresso conjunto, a China e a ALC se tornaram forças importantes para o progresso da civilização humana e o desenvolvimento global pacífico.

    Em 2024, foi inaugurado o novo voo direto entre Cidade do México, a capital mexicana, e a cidade de Shenzhen, no sul da China. Essa rota percorre mais de 14 mil quilômetros sem escalas e é a mais longa rota aérea internacional direta de passageiros desde a China. Além disso, foram retomadas rotas como Beijing-Madri-São Paulo, Beijing-Madri-Havana e Beijing-Tijuana-Cidade do México, que criaram uma "nova ponte" para o intercâmbio entre a China e a ALC, facilitando o fluxo de pessoas entre os dois lados.

    No sítio arqueológico hondurenho de Copán, arqueólogos da China e de Honduras têm colaborado desde 2015 para explorar e investigar essa antiga cidade maia. Como uma maneira importante de impulsionar a cooperação cultural internacional, a arqueologia permite que a China e a ALC promovam conjuntamente o progresso da civilização humana por meio do aprendizado mútuo entre as civilizações.

    A única maneira de ser proveitosamente nacional é ser generosamente universal. Atualmente, a China está concentrando seus esforços na promoção da modernização chinesa, enquanto os países da América Latina e do Caribe também estão trabalhando duro para alcançar a unidade e a autossuficiência. Ambos os lados fortalecerão a cooperação sobre a base sólida existente, promoverão conjuntamente a construção de uma comunidade com futuro compartilhado China-ALC e, assim, farão novas contribuições para a construção de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade. 

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