Embaixador mexicano enfrentou "delinquentes" equatorianos e colocou sua própria vida em risco

247 – Na noite de sexta-feira, a Embaixada do México em Quito foi palco de uma ação policial ilegal e abusiva. Autoridades equatorianas invadiram o local e capturaram Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, que estava refugiado ali desde dezembro. A resposta do presidente mexicano, Andrés Manuel López, foi imediata: ele ordenou a suspensão das relações diplomáticas com o Equador, considerando a ação uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana.

Enquanto a tensão se intensificava, Roberto Canseco, o embaixador encarregado mexicano em Quito, testemunhou pessoalmente a operação policial. "Correndo risco de vida, defendi a honra e a soberania de meu país", declarou Canseco, ressaltando a gravidade da situação. "Estou muito preocupado porque podem machucá-lo [a Glas]. Não há fundamento para isso", acrescentou, destacando a arbitrariedade da ação policial.

Enquanto Canseco relatava o ocorrido, a comunidade internacional observava atentamente a escalada da crise diplomática entre os dois países. O México, buscando respaldo legal, anunciou sua intenção de recorrer à Corte Internacional de Justiça para denunciar o Equador por violações ao direito internacional. Enquanto isso, a candidata presidencial opositora do Equador, Xóchitl Gálvez, expressou seu repúdio à ação, enfatizando a importância da inviolabilidade das sedes diplomáticas.

O episódio na Embaixada mexicana em Quito representa um ponto de ruptura nas relações bilaterais, com implicações significativas para ambos os países e para a estabilidade regional. O desenrolar dos acontecimentos e as repercussões futuras aguardam-se com grande expectativa pela comunidade internacional.