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Ex-czar antidrogas do México é condenado a mais de 38 anos de prisão nos EUA por subornos a cartéis

A defesa argumentou os ex-membros do Cartel de Sinaloa que cooperaram com os promotores implicaram-no falsamente para tentar reduzir suas sentenças

Genaro García Luna, em reunião na Comissão de Direitos Humanos no Senado, na Cidade do México 29/11/2012 REUTERS/Tomas Bravo (Foto: Tomas Bravo)

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NOVA YORK (Reuters) - Genaro García Luna, que durante anos liderou a luta do México contra o violento comércio das drogas no país, foi sentenciado nesta quarta-feira a mais de 38 anos de prisão nos Estados Unidos por aceitar suborno dos cartéis que ele deveria enfrentar.

O juiz distrital dos EUA Brian Cogan anunciou a sentença em uma audiência no tribunal federal do Brooklyn.

Os promotores haviam pedido prisão perpétua para García Luna, de 56 anos, após sua condenação em fevereiro de 2023 por envolvimento em uma organização criminosa de tráfico de drogas, participação em conspirações e por declarações falsas.

Em documento apresentado ao tribunal em 19 de setembro, os promotores afirmaram que García Luna recebeu milhões de dólares em subornos do Cartel de Sinaloa, liderado por Joaquín Guzmán Loera, mais conhecido como El Chapo, e, em troca, protegeu seus membros de serem presos, além de garantir a segurança de seus carregamentos de cocaína.

Ao anunciar a sentença de 460 meses, Cogan disse que García Luna deveria ter "alguma luz no fim do túnel", fazendo um elogio ao seu trabalho de ensino a outros presos no Centro de Detenção Metropolitana de Brooklyn.

O juiz disse também, contudo, que García Luna viveu uma "vida dupla", com o mal que causou superando suas boas ações.

García Luna foi ministro de Segurança Pública do México de 2006 a 2012.

Seu advogado de defesa, Cesar de Castro, sugeriu que Cogan o condenasse a não mais do que o mínimo obrigatório de 20 anos, observando que ele já passou quase cinco anos na cadeia desde sua prisão em 2019.

A defesa argumentou no julgamento que os ex-membros do Cartel de Sinaloa que cooperaram com os promotores e testemunharam contra García Luna implicaram-no falsamente para tentar reduzir suas próprias sentenças.

Antes de tomar conhecimento da sentença, García Luna disse no tribunal que o governo do México e os grupos criminosos o haviam difamado.

"Eu não cometi nenhum desses crimes", disse. "Não sou a pessoa que os criminosos apontam".

Guzmán está cumprindo pena de prisão perpétua em uma prisão de segurança máxima no Colorado após ser condenado em 2019 por acusações de tráfico de drogas.

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