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    Governo da Colômbia e guerrilha do ELN retomam diálogo nesta sexta-feira

    O diálogo se estenderá até 22 de abril na busca de um acordo de paz

    Mesa de diálogo entre governo colombiano e ELN (Foto: Prensa Latina )

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    Prensa Latina - O Governo da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN) iniciam nesta sexta-feira (12) em Caracas o sétimo encontro da Mesa de Diálogos, que dá continuidade às reuniões realizadas em fevereiro último em Havana.

    Esses intercâmbios se estenderão até 22 de abril e está previsto que sejam abordados temas como participação, cessar-fogo, transformações territoriais, bem como decisões fundamentais sobre o futuro do processo, anunciou a chefe negociadora do Executivo, Vera Grabe.

    A equipe de trabalho da Colômbia considerou imperativo concentrar os esforços da Mesa de Diálogos em "avançar no processo de paz, tomar decisões que desenvolvam a agenda e abordar temas essenciais do processo", afirmando que "não se pode perder tempo".

    Um comunicado indicou que é necessário lidar com a grave situação enfrentada pelas populações em departamentos como Arauca, Chocó e Nariño, sendo necessário abordar questões fundamentais como "os direitos das vítimas".

    Eles afirmaram que a Venezuela "nos proporcionou um espaço para dialogar e avançar na agenda acordada".

    A delegação oficial, que chegou na quinta-feira destacou que a comunidade internacional também "está aqui, atenta e disposta a contribuir", como sempre esteve, e defendeu que "é hora de concentrar as discussões na Mesa de Diálogo".

    O ELN informou a decisão de congelar o ciclo de conversações previsto para este mês com o governo colombiano, mas confirmou sua participação na reunião extraordinária de hoje em Caracas.

    Os guerrilheiros afirmaram em comunicado que em fevereiro em Havana, Cuba, notificaram os representantes do Executivo de que a Mesa de Diálogos "entrava em estado de pausa" devido a uma suposta operação de desmobilização no departamento de Nariño, sudoeste.

    Eles insistiram que durante o mês de março o governo continuou promovendo a desmobilização na mencionada zona, o que qualificaram como "conduta contrária ao jogo limpo e à boa fé" que devem caracterizar as negociações.

    O texto reafirmou que, apesar disso, uma delegação chegou quarta-feira à capital da Venezuela para participar de uma reunião extraordinária com os representantes do governo nacional para ouvi-los e esclarecer os próximos passos.

    As delegações tiveram seu último encontro de conversações em fevereiro passado em Havana, onde analisaram os avanços nos acordos e os problemas enfrentados pela mesa de diálogos para a paz, frente aos quais assumiram "compromissos para o bom desenvolvimento do processo de paz", conforme afirmado em comunicado conjunto.

    Eles também reafirmaram a intenção de continuar com as atividades previstas nos acordos e realizar uma "avaliação das gestões e compromissos durante o sétimo ciclo".

    O Governo e o ELN assinaram até o momento 26 acordos, incluindo a participação da comunidade e um cessar-fogo nacional prorrogado por um ano, até 3 de agosto de 2024.

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