Governo Milei se aproxima de ditadura e quer usar Forças Armadas para reprimir protestos contra o arrocho e a inflação
Anúncio foi feito pela ministra da segurança pública Patricia Bullrich
247 – O governo de Javier Milei, da Argentina, por parte da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14) uma série de medidas destinadas a conter protestos de rua. Essas medidas incluem punições severas para manifestantes que bloquearem vias públicas, com o governo enfatizando a importância de não interromper o direito de locomoção dos cidadãos. Essa informação foi divulgada em uma coletiva de imprensa, onde a ministra Patricia Bullrich desempenhou um papel central, segundo reportagem do Valor.
Durante a coletiva, Bullrich explicou que as forças federais e o serviço penitenciário estarão preparados para agir durante os protestos, operando dentro dos códigos processuais vigentes. Ela esclareceu que os indivíduos flagrados cometendo infrações poderão ser presos imediatamente. Além disso, a ministra descartou a possibilidade de criar rotas alternativas para o tráfego durante bloqueios, assegurando que as forças de segurança atuarão até que as vias estejam completamente liberadas.
As novas diretrizes do governo também buscam responsabilizar individualmente os participantes dos protestos. Segundo Bullrich, o Estado identificará os participantes, instigadores e financiadores desses eventos, e os custos operacionais da segurança pública serão cobrados dessas organizações e indivíduos. Ela também mencionou que os responsáveis por levar crianças e adolescentes aos protestos poderão enfrentar punições.
O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, reforçou a justificativa das medidas citando a frase “dentro da lei, tudo. Fora da lei, nada”, frequentemente usada pelo presidente Javier Milei. As medidas, conhecidas como “protocolo para manutenção da ordem pública em caso de fechamento de estradas”, visam atingir todos os envolvidos nos protestos, desde aqueles que bloqueiam as vias até os que organizam e financiam tais movimentos.
Por fim, o anúncio das medidas ocorre em um contexto onde importantes centrais sindicais argentinas convocaram protestos nacionais para o dia 20 de dezembro contra o arrocho salarial, a hiperinflação e o empobrecimento dos argentinos.
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