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    Justiça argentina condena 10 à prisão perpétua por crimes na ditadura

    Após quase quatro anos de julgamento, ex-agentes são sentenciados por atrocidades cometidas durante regime ditatorial que assolou o país

    Argentinos protestam em Buenos Aires (Foto: Victoria Gesualdi/Télam)

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    247 - Em uma decisão histórica, a Justiça argentina proferiu sentença condenatória contra 10 ex-agentes, impondo-lhes prisão perpétua pelos crimes hediondos cometidos durante a ditadura. A sentença, anunciada na terça-feira (26), também incluiu uma pena de 25 anos de reclusão para um ex-agente, enquanto outro indivíduo foi absolvido das acusações, destaca o Metrópoles.

    O veredicto, fruto de um julgamento que se estendeu por quase quatro anos, marcou um avanço significativo na busca pela justiça e pela responsabilização dos perpetradores dos abusos contra os direitos humanos durante o regime ditatorial, que assolou a Argentina de 1976 a 1983.

    As investigações revelaram mais de 400 crimes contra a humanidade perpetrados em três centros de detenção clandestinos na capital argentina, Buenos Aires. Os crimes incluíam sequestros, desaparecimentos forçados de perseguidos políticos, homicídios, tortura, estupro, roubo de crianças e abortos forçados.

    Este veredicto se destaca, ocorrendo apenas dois dias após o aniversário do golpe de Estado de 24 de março de 1976, que instaurou o regime militar. Desde então, a Argentina tem lutado para enfrentar as sombras do passado, perseguindo aqueles responsáveis pelos crimes cometidos durante esse período sombrio de sua história.

    Até o momento, um total de 1.184 pessoas foram condenadas em 317 sentenças proferidas em julgamentos relacionados aos crimes da ditadura. Outros 62 casos ainda estão em andamento, representando um esforço contínuo para buscar justiça e esclarecimento.

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