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    Justiça do Peru rejeita prisão domiciliar a ex-ditador Alberto Fujimori

    Fora da prisão desde dezembro por conta de estado de saúde, ex-ditador peruano foi condenado por crimes contra humanidade e está proibido de deixar Peru nos próximos nove meses

    Alberto Fujimori (Foto: REUTERS/Mariana Bazo/File Photo)

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    Opera Mundi - O Poder Judiciário do Peru recusou, nesta quarta-feira (31/01), o pedido de prisão domiciliar ao ex-presidente e ditador peruano Alberto Fujimori (1990-2000). No lugar, proibiu-o de deixar o país pelos próximos nove meses, no âmbito das investigações sobre a chacina de Pativilca. 

    “O Tribunal Penal declarou infundada a exigência fiscal de alteração do mandato de simples comparecimento devido à prisão domiciliar de Alberto Fujimori. Em vez disso, proibiu-o de sair do país por nove meses”, disse o Judiciário em nota.

    Na última audiência que antecedeu a sentença, nesta terça-feira (30/01), Fujimori criticou o pedido do promotor e indicou que pode “morrer repentinamente”. “Tenho doença pulmonar intersticial crônica, é uma doença do grupo da fibrose. Tenho que caminhar meia hora por dia para evitar a progressão da doença”, argumentou o condenado. 

    Além disso, afirmou que não possui “um único imóvel” e que não “recebeu uma única advertência”, que pudessem pesar na decisão do Judiciário, razão pela qual considerou "não haver fundamento" para uma nova detenção. 

    Fujimori foi condenado em 2009 a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e libertado em 6 de dezembro por ordem do Tribunal Constitucional para obter perdão devido ao seu estado de saúde.

    No caso da chachina em Pativilca, em 29 de janeiro de 1992, seis camponeses foram sequestrados, torturados e assassinados, incluindo um menor, nas áreas conhecidas como El Caraqueño e San José, na cidade de Pativilca.

    Os acontecimentos foram cometidos por uma força de elite formada por soldados peruanos conhecida como "Grupo Colina", que teria como principais líderes Fujimori, Vladimiro Montesinos e o ex-chefe das Forças Armadas, Nicolás Hermoza Ríos.

    O Ministério Público peruano busca punir Fujimori e os demais investigados com pena de 25 anos de prisão pelo massacre. Porém, um indulto concedido ao ex-presidente em 24 de dezembro de 2017 pelo ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018) poderá ser utilizado pela defesa para absolvê-lo.

    Já o ex-assessor de Fujimori, Vladimiro Montesinos, foi condenado a cumprir 19 anos e 8 meses de prisão pelo mesmo caso, mas também pela chacina de La Cantuta. 

    Visto que Montesinos está preso desde 2001, sua libertação está prevista para junho de 2026, quando a pena for considerada cumprida. 

    (*) Com TeleSUR

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