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    Lei de Bases: governo Milei reprime manifestantes e os acusa de "terrorismo"

    Em pronunciamento oficial por meio das redes sociais, escritório da Presidência da Argentina felicitou as Forças de Segurança pela "excelente atuação na repressão" aos protestos

    Javier Milei e repressão policial na Argentina (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

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    247 - O escritório da Presidência da Argentina, ocupado pelo ultradireitista Javier Milei, acusou manifestantes de "terrorismo" em um pronunciamento oficial nesta quarta-feira (12), após protestos contra a Lei de Bases proposta pelo governo.

    A declaração foi publicada no Twitter oficial da Presidência: "A Presidência da República felicita as Forças de Segurança pela excelente atuação na repressão aos grupos terroristas que, com paus, pedras e até granadas, tentaram perpetrar um golpe de Estado, atacando o normal funcionamento do Congresso Nacional Argentino."

    O pronunciamento inflamou ainda mais a crise política, em um momento em que o Senado debate a controversa Lei de Bases. Este megadecreto busca uma desregulamentação econômica drástica e a redução da intervenção estatal, gerando forte oposição de sindicatos e movimentos sociais.

    Durante as manifestações, que ocorreram nas proximidades do Congresso Nacional, a Polícia Federal argentina utilizou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Vídeos publicados nas redes sociais mostraram agentes policiais disparando gás lacrimogêneo contra deputados que se identificavam, incluindo o peronista Carlos Castagneto, e atingindo também a correspondente do canal RT, Diana Deglauy.

    Os sindicatos e partidos de oposição convocaram a população às ruas com lemas como "Não à Lei de Bases!" e "Vamos Parar a Lei!", protestando contra a privatização de serviços essenciais e a eliminação de fundos de apoio a professores. A repressão violenta deixou feridos e aumentou a tensão política.

    A Lei de Bases, que deveria ter sido sancionada até 25 de maio, enfrenta resistência significativa no Senado, que desmantelou o texto original. O governo Milei, no entanto, insiste na aprovação do megadecreto que ameaça os direitos trabalhistas e sociais.

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