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    Maduro diz que EUA não cumpriram acordos assinados com a Venezuela

    O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, alertou que os EUA pretendem monitorar e controlar a indústria petrolífera da Venezuela

    O presidente venezuelano no programa de TV Con Maduro + (Foto: Presidência Venezuela/Telesur)

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    247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta segunda-feira (15) que o governo dos Estados Unidos (EUA) não cumpriu os acordos assinados, especialmente o levantamento das medidas coercitivas ilegais impostas ao país, informa a Telesur.

    "Nunca cumpriram nem uma vírgula do acordo assinado, nunca. A esta altura, os Estados Unidos assinaram um acordo e deveriam ter levantado todas as sanções à Venezuela, todas. Essa é a verdade", afirmou.

    Durante seu programa de TV "Con Maduro +", o chefe de Estado explicou que o governo dos EUA "nos pediu há um ano para iniciar conversas conosco de forma reservada e privada" e que a Venezuela sempre respeitou o caráter reservado e privado dessas conversas, resultando na assinatura de acordos que tinham como foco "o levantamento total de todas as sanções ilegais e criminosas contra a Venezuela. Não sou eu quem diz, são os documentos assinados".

    "Houve mais de nove reuniões: seis em Doha, com a boa vontade do emir do Catar, e três em Milão. A Venezuela foi representada nessas reuniões pelo Dr. Jorge Rodríguez, especialista nesse tipo de conversa; pelo companheiro governador Héctor Rodríguez; pelo procurador-geral da República, Dr. Reinaldo (Muñoz), e pelo comissário nacional de direitos humanos, Larry Devoe", detalhou.

    "Fizemos reclamações no contexto dessas conversas, por fora houve o acordo para conseguir a libertação do sequestrado político e diplomata venezuelano, Alex Saab, em 20 de dezembro passado. Foi uma troca, eles devolveram nosso diplomata sequestrado, torturado, e nós devolvemos um grupo de agentes da CIA, alguns dos quais tinham vindo para invadir a Venezuela. Uma troca como acontece no âmbito internacional", acrescentou.

    O presidente alertou que os EUA pretendem monitorar e controlar a indústria petrolífera da Venezuela. "Eles querem que a Venezuela viva de licenças que eles concedem", disse, e informou que ao meio-dia deste dia "houve uma videoconferência com eles, não vou dizer quem eram eles, apenas digo que do nosso lado estavam Jorge e Héctor".

    "Eles querem causar danos econômicos à Venezuela. Eu digo aos venezuelanos, aos trabalhadores, trabalhadoras, empresários e empresárias, e a todo o nosso povo, que tomamos nosso próprio caminho de trabalho, modelo econômico, com ameaças e sanções, aprendemos a trabalhar e nos recuperar", destacou.

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