Milei tira monopólio em aeroportos e alerta Aerolíneas: “ou privatiza ou fecha”
Medidas visam reduzir custos e aumentar a competitividade no setor aéreo argentino, mas enfrentam resistências políticas e sindicais
247 - O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou um pacote de medidas polêmicas que promete transformar profundamente o setor aéreo do país. Em um comunicado recente, Milei afirmou que a Aerolíneas Argentinas, caso não seja privatizada, poderá ser fechada definitivamente.
O presidente argentino declarou: “A empresa será privatizada ou encerrada. Não há mais espaço para ineficiência”. A medida surge em resposta à insustentabilidade econômica da companhia estatal, que enfrenta altos custos de manutenção e constantes interrupções de serviço devido a greves e conflitos sindicais. Segundo o jornal Clarín, o projeto de privatização já foi enviado ao Congresso, onde enfrenta incertezas quanto à sua aprovação. No entanto, caso não haja consenso, o presidente não descartou medidas drásticas. “Se o Congresso não aprovar a privatização, tomaremos as decisões necessárias para garantir a continuidade do setor aéreo”, afirmou.
A privatização da Aerolíneas Argentinas não é uma decisão isolada. O governo também anunciou a desregulamentação dos serviços de rampa nos aeroportos do país, medida que elimina o monopólio da estatal Intercargo. A mudança foi formalizada através da Resolução 49/2024, publicada no Boletim Oficial, permitindo que qualquer empresa qualificada possa prestar serviços de rampa e operações aeroportuárias. Essa medida surge após um recente episódio de paralisação nos aeroportos, que resultou na retenção de milhares de passageiros. Com a nova regulamentação, a Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA) poderá assumir temporariamente as operações de rampa, caso ocorram novas greves ou outros eventos excepcionais.
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