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    Militares colombianos combatem abertamente candidato progressista, que lidera corrida presidencial

    Liderança de Gustavo Petro faz militares combaterem abertamente sua campanha à Presidência

    Gustavo Petro (Foto: Nathalia Angarita/Reuters)
    José Reinaldo avatar
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    247 - A possibilidade do líder progressista chegar ao poder nas eleições de 29 de maio na Colômbia  levou os militares do país a se engajarem abertamente na oposição ao candidato do Pacto Histórico, uma aliança de esquerda e centro-esquerda. 

    O ministro da Defesa, o comandante do Exército e a oficialidade estão alinhados no combate a Petro, informa reportagem do jornal O Globo.

    Recentemente, o comandante do Exército, general Eduardo Zapateiro, envolveu-se numa polêmica com Gustavo Petr, após as denúncias de que há uma aliança entre generais e narcotraficantes que custaram a morte de soldados. 

    Zapateiro o acusou de "politicagem" e de aproveitamento eleitoral da morte de soldados. 

    Como resultado de seus comentários, o oficial enfrenta uma investigação preliminar por intervir na política, enquanto o presidente Iván Duque saiu em seu apoio, assim como o ministro da Defesa, Diego Molano, que chamou Petro de "mentiroso". 

    A campanha presidencial na Colômbia é considerada uma das mais polarizadas da História recente, com Petro, um ex-guerrilheiro e senador, liderando com 43,6% dos votos, com promessas de combater a desigualdade social. O nome da direita, Federico Gutiérrez, tem 26,7%.

    Se a vitória de Petro for confirmada, esta será a primeira vez que um ex-guerrilheiro vai liderar as Forças Armadas de um país em conflito, governado historicamente por elites conservadoras. 

    Petro, de 62 anos, militou no grupo guerrilheiro nacionalista M-19, ficou um tempo exilado na Europa e retornou ao seu país para tornar-se congressista e depois prefeito de Bogotá (2012-2015).

    Se vencer as eleições, o ex-guerrilheiro será o comandante de 228 mil soldados e 172 mil policiais. Juntos, eles formam as maiores Forças Armadas do continente, depois do Brasil. Os EUA destinaram muitos recursos em treinamento e equipamentos contra o narcotráfico e grupos guerrilheiros. 

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