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Militares fecham com Maduro e oposição encurralada faz "pausa estratégica" na Venezuela

Forças de segurança defendem presidente contra 'propostas sediciosas' da oposição

Líder da oposição venezuelana María Corina Machado e o candidato presidencial da oposição Edmundo González 29/07/2024 (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

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247 - Os corpos militares e de segurança venezuelanos expressaram nesta terça-feira (6) sua rejeição à comunicação emitida na véspera pelo ex-candidato opositor presidencial Edmundo González, na qual, junto com a líder da direita María Corina Machado, pediam que se alinhassem "do lado do povo" e impedissem as ações do governo de Nicolás Maduro.

Em um comunicado lido pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, foram classificados como "propostas sediciosas" as declarações de González e Machado, que "pretendem se autodenominar democratas" e "têm uma longa e obscura trajetória como promotores de ações radicais, anticonstitucionais e antidemocráticas".

González e Corina se veem encurralados. O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, disse nesta segunda-feira (5) que abriu uma investigação criminal contra ambos por "incitar policiais e autoridades militares a desobedecerem às leis", após Gonzalez se autoproclamar presidente e pregar um motim contra o governo de Nicolás Maduro.

Agora, a combativa líder da oposição recuou dos discursos alegando fraude. "Querem nos intimidar para que não nos comuniquemos porque isolados seríamos muito mais fracos", disse Machado em um áudio divulgado através de suas redes sociais, sem mencionar a ação judicial contra ela. "Isso não vai acontecer, sempre vamos encontrar formas de nos manter comunicados, organizados e ativos".

"Temos que defender essa verdade e fazer valer nossa vontade indetenível. Ninguém disse que isso seria fácil", acrescentou Machado, pedindo calma. "Não precisamos ser sempre reativos; uma pausa operativa às vezes é necessária para garantir que todos os elementos da estratégia estejam alinhados e prontos para o próximo passo e a ação", afirmou.

A eleição presidencial na Venezuela foi realizada em 28 de julho, e o Conselho Nacional Eleitoral declarou Nicolás Maduro como vencedor. No dia seguinte, protestos ocorreram no país por aqueles que discordavam dos resultados da eleição; confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes ocorreram em Caracas e outras cidades, resultando na detenção de mais de 2.000 pessoas.

Washington, sem esperar pelos resultados da contagem dos votos e posterior auditoria, pediu à comunidade internacional que reconhecesse Edmundo Gonzalez como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela. Legisladores dos EUA e da UE, responsáveis por relações internacionais, ameaçaram na última sexta-feira responsabilizar Maduro se ele não renunciar voluntariamente como chefe de Estado, classificando os resultados como fabricados.

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