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    Ministério Público da Bolívia pede prisão de Evo Morales

    O ex-presidente acusou o governo Luis Arce de perseguição política

    Evo Morales (Foto: David Mercado/Reuters)
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    247 - O Ministério Público da Bolívia anunciou, nesta segunda-feira (16), que pediu a prisão do ex-presidente Evo Morales por supostamente ter estuprado uma adolescente, com quem teria tido uma filha. De acordo com Morales, as acusações têm influência do governo de Luis Arce.

    O atual presidente boliviano foi expulso do Movimento ao Socialismo (MAS), partido com o qual venceu as eleições de 2020. Os dois políticos pertencem à esquerda no país andino. Arce e Morales eram aliados, mas viraram adversários, com vistas para as eleições presidenciais de 2025. O ex-presidente pode ser o candidato do MAS.

    Em 2020, quando Arce foi eleito, o ex-presidente Evo Morales voltou à Bolívia, após cerca de um ano exilado na Argentina por conta do golpe de Estado que resultou na sua destituição, em 2019.

    Morales criticou algumas decisões de Arce e seus apoiadores. Em outubro de 2023, o ex-presidente organizou um congresso em Lauca Eñe, no distrito de Cochabamba, reduto eleitoral de Morales. Na ocasião, ele chamou os apoiadores de Luis Arce de “traidores”.

    Luis Arce, presidente da Bolívia
    Luis Arce, presidente da Bolívia. Foto: X/LuchoXBolivia

    No plano internacional, a expectativa para as eleições bolivianas de 2025 está voltada para como as autoridades políticas e jurídicas dos Estados Unidos irão se posicionar em relação ao resultado.

    Historicamente, os EUA tentam interferir em eleições de países latino-americanos. Em 2024, o próprio Luis Arce mobilizou seus aliados e apoiadores contra manifestações golpistas.

    Na América Latina, outro país alvo dos EUA foi a Venezuela. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que Washington reconhece a vitória do oposicionista Edmundo González no pleito venezuelano, e não do presidente Nicolás Maduro. Em julho de 2024, o conselho eleitoral do país sul-americano declarou o atual governante vencedor do pleito com 51,21% dos votos, contra 44,2% de seu adversário.

    Sucessor do chavismo, Nicolás Maduro é filiado ao PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela). Ele está na presidência venezuelana desde 2013. Após o resultado eleitoral em 2024, o atual governante terá um novo mandato de 65 anos (2025-2031).

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