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    Autoridades bolivianas entregam ex-chefe antidrogas de Evo Morales aos EUA

    Maximiliano Dávila é acusado por Washington de envolvimento com o tráfico de drogas e de armas

    Evo Morales (Foto: David Mercado/Reuters)

    Opera Mundi - O governo da Bolívia oficializou nesta sexta-feira (13/12) a extradição aos Estados Unidos de Maximiliano Dávila, um ex-aliado de Evo Morales, que foi diretor da Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico (FELCN) nos dois últimos anos do seu governo, entre 2017 e 2019.

    Dávila é acusado por Washington de envolvimento com o tráfico de drogas e de armas. Ele estava preso na Bolívia desde dezembro de 2022 sob denúncias de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.

    O anúncio da extradição de Dávila aos Estados Unidos foi feito há uma semana pelo ministro porta-voz do governo boliviano, Eduardo Del Castillo, e questionada por parte do partido Movimento Ao Socialismo (MAS).

    O MAS é o partido tanto do atual presidente da Bolívia, Luis Arce, quanto do ex-presidente Evo Morales (2006-2019), mas o conflito entre as duas principais lideranças levou a um racha interno que se mantem vigente desde meados de 2022.

    Em sua conta no X, o ex-mandatário publicou uma mensagem que não cita diretamente o nome de Dávila, mas que fala em “bolivianos sendo entregues ao império norte-americano”, e completa dizendo que “a Bolívia volta a ser uma colônia dos Estados Unidos”.

    “Os bolivianos são entregues ao império norte-americano, violando os acordos internacionais, e sem que eles sejam, primeiro, julgados em sua pátria, onde supostamente cometeram os delitos. Os vende-pátria devem aprender com a presidenta do México, que defende a soberania do seu país diante da intromissão dos Estados Unidos”, diz a mensagem de Evo.

    O comentário do ex-presidente é acompanhado de uma reprodução de manchete com uma declaração da mandatária mexicana Claudia Sheinbaum, dizendo que “frente a qualquer embaixador norte-americano, sempre defenderemos a soberania”.

    O atual presidente da Bolívia, Luis Arce, não se manifestou sobre o caso de Dávila. Sua última postagem nas redes sociais foi desejando a recuperação do homólogo brasileiro Luis Inácio Lula da Silva.

    “Seguimos de perto a recuperação do nosso querido irmão, presidente Lula, e enviamos a ele muita força, de parte do povo boliviano, que o aprecia e o reconhece como um grande líder global”, disse Arce.

    * Com informações de El Deber

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