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"O que aconteceu em Quito é inaceitável", diz Lula, sobre invasão da embaixada do México

Presidente Lula também cobrou pedido de desculpas do Equador. Ele fez uma intervenção durante a Cúpula Virtual da Celac, convocada por Honduras

Lula e invasão da embaixada do México em Quito (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Karen Toro)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta terça-feira (16) a recente invasão da embaixada do México em Quito, capital do Equador, para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que foi preso posteriormente.

A declaração ocorreu durante a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Cúpula Virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira (16). O evento foi convocado por Honduras.

"Medida dessa natureza nunca havia ocorrido, nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe. Nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente", disse Lula. "O que aconteceu em Quito, no último dia 5, é simplesmente inaceitável e não afeta só o México. Diz respeitos a todos nós".

"Um pedido formal de desculpas por parte do Equador é um primeiro passo na direção correta. Também me parece positiva a proposta da Bolívia de formar uma comissão integrada por países da CELAC, para acompanhar junto ao governo equatoriano, a evolução da situação e da saúde do ex-vice-presidente Jorge Glas", seguiu o presidente. "Isso nos daria tempo para avançar nas discussões sobre um necessário salvo-conduto para sua saída do país".

Lula pediu ainda que a região expresse seu repúdio ao ocorrido e afirmou que "nada justifica" a invasão.

"Nosso desafio agora é o de encontrar caminhos para a reconstrução da confiança e do diálogo", prosseguiu Lula. "Precisamos olhar para frente e buscar formas para superar esta crise. Não devemos esperar que venha de fora o encaminhamento desse conflito. Precisamos valorizar nossos próprios meios e instâncias".

A operação de captura de Glas na noite de 5 de abril, realizada horas após o México conceder a ele asilo político, foi condenada por aproximadamente trinta países e sete organizações globais e regionais, incluindo as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA).

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