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    Pobreza na Argentina de Milei cresce e atinge o maior nível em 20 anos

    Índices demonstram piora significativa entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, aponta o Observatório da Dívida Social da Pontifícia Universidade Católica Argentina

    Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

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    247 - Dados alarmantes revelados pelo Observatório da Dívida Social da Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA) expõem um cenário sombrio para a Argentina, com a taxa de pobreza atingindo 57,4%, o patamar mais elevado em duas décadas, em um contexto de políticas ultraneoliberais implementadas pelo governo de extrema direita do presidente Javier Milei.

    Segundo o Estadão Conteúdo, a pesquisa do UCA indica um avanço significativo da pobreza, principalmente entre os lares pertencentes às classes trabalhadoras ou que não são beneficiários de programas sociais. Em dezembro, a taxa já estava em 49,5%, indicando uma escalada contínua do problema.

    Em publicação na rede social X (antigo Twitter), o Observatório alertou: “Após mais de duas décadas de vigência de um regime inflacionário, de empobrecimento e aumento dos programas sociais, ao que se soma um novo programa econômico de ajuste ortodoxo, a pobreza continua a aumentar apesar da assistência pública”.

    A população de indigentes também não escapou do crescimento alarmante, passando de 9,6% no terceiro trimestre de 2023 para 15,0% em janeiro de 2024, um aumento significativo e preocupante em um curto período de tempo.

    Agustín Salvia, diretor do Observatório, ressaltou a importância de reduzir a inflação para um dígito como um passo crucial para estabilizar a economia e, consequentemente, combater a pobreza. Em declaração dada à emissora La Nación +, ele disse que “é fácil voltar de 55% a 40%”, referindo-se à taxa de pobreza.

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