Políticos e artistas ibero-americanos exigem libertação de Jorge Glas
O ex-vice-presidente do Equador foi sequesrado na embaixada mexicana em Quito
247 - Personalidades políticas e culturais, lideradas por vários ex-presidentes da América Latina, vencedores de Prêmios Nobel, entre outros, exigiram neste sábado (4) a libertação imediata do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, sequestrado há um mês na Embaixada do México em Quito.
O comunicado recorda que Glas foi retirado daquela sede diplomática no dia 5 de abril, por ter sido “perseguido judicial e politicamente durante 7 anos (tempo passado majoritariamente na prisão), e que era asilado político naquela sede diplomática”.
Da mesma forma, enfatizam que “não há precedente em nossa região de um ataque desta natureza a uma embaixada para sequestrar um requerente de asilo. Nem mesmo as ditaduras militares ousaram perpetrar um ataque deste tipo que, neste caso, foi instruído pela a mais alta autoridade do Estado", em referência ao presidente equatoriano Daniel Noboa.
O ataque à embaixada provocou uma resposta contundente do México, que processou o Estado.
O documento lembra que, por outro lado, “na mais recente Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CELAC e na Cúpula da ALBA-TCP, vários líderes regionais expressaram-se com muita força e clareza, defendendo a liberdade de Jorge Glas".
Nesse sentido os políticos e personalidades da vida cultural manifestam a sua “maior preocupação pela saúde e integridade física de Jorge Glas e dos seus entes queridos”. Ao mesmo tempo, lembram que “a sua segurança é da inteira responsabilidade do governo de Daniel Noboa, autor do seu sequestro”.
Da mesma forma, lamentam “que o Sistema Interamericano, apesar da gravidade destes acontecimentos e do fato de Jorge Glas ter recebido medidas cautelares da CIDH em dezembro de 2019, permaneça em silêncio e não exija o respeito ao sagrado direito ao asilo”.
Diante disso, exigem “o retorno imediato à situação anterior ao assalto à embaixada mexicana, devolvendo o status de asilo político a Jorge Glas” e “que prevaleça a proteção que, no âmbito do direito internacional, corresponde”. Jorge Glas, e que lhe seja concedida a passagem segura correspondente para que possa deslocar-se em segurança ao território mexicano."
A carta é encabeçada pelos ex-presidentes Alberto Fernández (Argentina), Ernesto Samper (Colômbia), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa Delgado (Equador) e José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha); bem como o secretário executivo da ALBA-TCP, Jorge Arreaza, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz da Argentina, Adolfo Pérez Esquivel e o cantor e compositor cubano Silvio Rodríguez.
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