Quem é Daniel Noboa, o herdeiro do setor de bananas que se tornou presidente eleito do Equador

247 - Daniel Noboa, da Ação Democrática Nacional, um líder empresarial de 35 anos de idade, proveniente de uma próspera dinastia de exportação de frutas, foi eleito o novo presidente do Equador neste domingo (15), tornando-se um dos líderes mais jovens do mundo. Com uma breve incursão na política - apenas dois anos como deputado -, Noboa conquistou a presidência com 52,30% dos votos, com 92,98% das urnas apuradas, garantindo seu lugar na história do país.

Filho de Álvaro Noboa, considerado um dos homens mais ricos do Equador e dono de um império empresarial que tem raízes na exportação de bananas, Daniel Noboa foi rotulado como de extrema direita por líderes sociais e o "favorito dos investidores" pela Bloomberg, apesar de sua inexperiência política. Sua educação se deu nos Estados Unidos, com diplomas da Universidade de Nova York, Kellogg School of Management, Universidade de Harvard e Universidade George Washington.

A trajetória de Noboa na campanha eleitoral surpreendeu muitos, pois ele não apenas alcançou o segundo turno, mas também superou as expectativas nas pesquisas, que o colocavam inicialmente em terceiro ou quarto lugar. Ele se destacou por seu discurso centrado na necessidade de um "novo Equador" e pelo lema de que "sem corrupção, o dinheiro é suficiente", que evidentemente levaram à sua vitória. 

Além disso, evitou a confrontação direta com sua oponente, a correísta Luisa González, da Revolução Cidadã. 

Daniel Noboa dedica-se tanto à política quanto à sua saúde física. Ele reserva uma hora todas as manhãs para correr e levantar pesos. Com sua vitória nas urnas, é provável que, a partir de dezembro, quando assumir a presidência do país, ele tenha que abrir mão de alguns de seus hábitos em prol de suas responsabilidades governamentais.

Agora, Daniel Noboa enfrenta um cenário desafiador no Equador, com altos índices de insegurança, questões socioeconômicas complexas, incluindo altos níveis de pobreza e desemprego, e uma Assembleia Nacional fragmentada. (Com informações da Télam).