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Tribunal do Panamá ordena prisão do ex-presidente Martinelli

Ricardo Martinelli, que era candidato à presidência na próxima eleição no Panamá, disse antes de receber asilo que o presidente atual, Laurentino Cortizo, planejava assassiná-lo

Ricardo Martinelli (Foto: Reuters)

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(Sputnik) - Um tribunal panamenho ordenou a prisão do ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli, que recebeu asilo político na Nicarágua e está abrigado na embaixada do país, relataram os meios de comunicação na sexta-feira.

O tribunal ordenou a detenção preventiva do ex-presidente em um julgamento seguido por um crime de lavagem de dinheiro, reportou o jornal La Estrella de Panamá.

Em 8 de fevereiro, Martinelli solicitou asilo na embaixada da Nicarágua, alegando perseguição política e ameaça à sua vida e segurança. O Ministério das Relações Exteriores da Nicarágua disse que um pedido de garantias para a saída de Martinelli do país foi apresentado ao governo panamenho.

O governo panamenho rejeitou o pedido das autoridades nicaraguenses e advertiu-o contra a realização de declarações políticas enquanto estivesse na embaixada, dizendo que seriam consideradas interferências da Nicarágua nos assuntos internos do Panamá. Manágua respondeu alegando uma violação da Convenção de Havana sobre o direito de asilo, enfatizando que a concessão de asilo ao político estava de acordo com o direito internacional.

Martinelli, que era candidato à presidência na próxima eleição no Panamá, disse antes de receber asilo que o presidente atual, Laurentino Cortizo, planejava assassiná-lo antes da votação de 5 de maio.

Em julho de 2023, Martinelli foi considerado culpado de usar fundos públicos para comprar os três maiores jornais do Panamá em 2010. Martinelli também está sendo julgado em outro caso de lavagem de dinheiro e suborno envolvendo a Odebrecht S.A., um conglomerado global de construção com sede no Brasil. O político também apareceu nos chamados Pandora Papers, um tesouro de documentos vazados publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos em 2021, que revelou contas secretas no exterior mantidas por 35 líderes mundiais. Martinelli foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão. Ele rejeitou as alegações e chamou a decisão do tribunal de o pior surto judicial na história do Panamá.

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