1º de Maio, mais um dia de luta
Pelo segundo ano consecutivo, estamos celebrando esta histórica data em meio à maior pandemia do século
O 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, é data-símbolo de muitas lutas pelos direitos da classe trabalhadora ao redor do mundo. Historicamente, ela é celebrada em memória às diversas greves que eclodiram nos Estados Unidos, onde começou o movimento pela redução da jornada de trabalho para 8 horas, em 1866.
Vinte anos depois, em 30 de abril de 1886, véspera do 1º de maio, na porta de diversos operários foram colocados panfletos que diziam “A partir de hoje, nenhum operário deve trabalhar mais de 8 horas por dia. 8 horas de trabalho, 8 de repouso e 8 de educação.” Os capítulos seguintes foram de mais greves e comícios. A polícia prendeu e matou líderes sindicais, oradores e manifestantes, com o objetivo de calar violentamente esta luta.
Chegamos ao 1º de Maio de 2021 e a Central Única dos Trabalhadores do Rio reafirma: não vão nos calar! Quando falta comida, emprego, vacina e democracia, os trabalhadores não se calam. Hoje, nos cabe, mais do que nunca, resgatar o simbolismo e a força dessa história para lutar pelos direitos da classe trabalhadora.
Pelo segundo ano consecutivo, estamos celebrando esta histórica data em meio à maior pandemia do século. Hoje o Brasil registra a marca estarrecedora de mais de 400 mil pessoas mortas por Covid-19, muitas que poderiam ter sido evitadas não fosse a condução perversa e genocida do governo Bolsonaro e seus aliados.
Neste 1º de maio de 2021, a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras é pela vida, em primeiro lugar. Queremos vacina para todas e todos já! Com mais de 14 milhões de desempregados no país e milhões de famílias passando fome, exigimos o auxílio emergencial de R$600 durante toda a pandemia. Nossa luta é por emprego e condições dignas de trabalho para todas e todos, pela erradicação do trabalho análogo à escravidão, que temos visto nos noticiários. Nossa luta é também por democracia. Nos últimos anos, assistimos ao avanço brutal de movimentos fascistas e totalitários mundo afora, e não podemos arrefecer neste combate.
Não será fácil conseguir restabelecer nossos direitos enquanto Bolsonaro continuar na presidência destruindo o país na sua maior essência. Nossa democracia está ameaçada por um governo que tripudia do trabalhador, das pessoas que morreram por causa da sua brutal irresponsabilidade e despreza, sem a menor vergonha, o povo brasileiro.
Trabalhadoras e trabalhadores não se calam! Neste 1º de maio, estamos juntos em um grande ato unificado com as centrais, sindicatos, artistas e movimentos sociais pela defesa do mesmo ideal: “Democracia, Emprego, Vacina para Todos e Auxílio Emergencial de 600 reais até o fim da pandemia!". Nós, da CUT-Rio, vamos ocupar as ruas com faixas, outdoors, carreatas e o que pudermos, de forma segura neste momento de isolamento, para reafirmar que não nos calamos quando falta comida, emprego, vacina e democracia.
Estamos na luta e assim seguimos!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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