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    2013: ainda há o que fazer

    Este foi muito mais um ano de continuidade do que de avanços mercadológicos na questão da economia

    2013 não foi um ano fácil para a economia brasileira. Logo, o povo brasileiro também sofreu. Os anos apoiados pelo consumo desenfreado ficaram para trás. As realizações e satisfações pessoais promovidas pelo consumo tiveram de ser substituídas pelas conquistas profissionais e pessoais. 2013 foi muito mais um ano de continuidade do que de avanços mercadológicos.

    O período de recebimento salarial extra fecha seu ciclo nesta semana. A última parcela do décimo terceiro salário promete injetar na economia o ânimo necessário para que o setor comercial ultrapasse as margens de resultado do ano anterior. A dinamização no comércio traz consigo a consolidação das expectativas industriais. Precisamos colher um período forte no comércio para recuperar a atividade empresarial.

    Há expectativa sobre a disposição do brasileiro em gastar, consumir e saciar suas necessidades neste final de ano. Porém, acredito que antes de ser tomados por impulsos, devemos analisar a conjectura.

    A economia mundial continua patinando, sem resultados concretos de recuperação. Nos EUA, o consumidor, animado pela confiança na ampliação do emprego ou no mínimo na manutenção de suas ocupações, retoma de forma tímida, o dia a dia de consumo.

    Na Europa, iniciado o inverno que puxa para baixo diversas atividades econômicas, é um período de planejamento. Planejar as próximas etapas de sua perspectiva econômica é inerente ao processo decisório europeu.

    Os debates, a qualificação dos projetos e a necessidade de se equilibrar entre a ortodoxia fiscal versus a reenergização econômica é que mostrará os resultados definitivos. Discute-se ainda a eficiência dos modelos de integração econômica. Os projetos políticos de mudança estão engavetados.

    Em solo nacional, é chegado o tempo de analisarmos como o ano se procedeu. Como efetivamente nos organizamos frente as nossas finanças pessoais. É hora de remontarmos todo o planejamento de forma inversa. É hora de olharmos se o que projetamos, o que tínhamos de expectativa foi cumprido, ou, se não foi, quais foram os principais percalços deste caminho.

    A atividade de "fechar para balanço" é algo inerente as ponderações pessoais. Não podemos apenas deixar esta ação no mundo empresarial. Peço desde já que separemos um momento para avaliarmos como nos portamos em 2013. Analise suas finanças, e caso tenha escrito algum projeto no inicio do ano, é hora de analisarmos sua evolução.

    Será que descartamos projetos bons com início ruim? Será que dosamos a mão nos cortes e nas escolhas das férias familiares? Diversas questões podem ser levantadas, mas o importante é fazer a pausa e organizar as ideias.

    Se 2013 revelar uma trajetória de sucesso nas conquistas com certeza trará a cada um, novo gás para 2014. Se observadas às intempéries, é hora de mudarmos o curso.

    O planejamento de 2013, mesmo após um balanço pessoal não precisa se mostrar encerrado. Um assunto muito debatido apenas após o primeiro trimestre de 2014 já pode ser antecipado. As contas para o Imposto de Renda merecem uma atenção especial: há planos de previdência que podem receber aportes e reduzir de forma significativa os valores a serem pagos. Os planos PGBL estão com os cofres abertos para receberem aportes, que poderão reduzir sua base de tributação para 2014.

    Outro ponto de destaque que ainda pode ser feito em 2013 são doações aos fundos da criança e do adolescente, aos fundos de amparo ao idoso e de doações feitas a projetos aprovados pelo governo segundo a Lei Rouanet, a Lei do Audiovisual ou a Lei do Esporte. Tais doações podem render dedução de até 6% do imposto de renda a ser pago em 2014. Além disso, nunca é uma hora ruim para ajudar ao próximo.

    Enfim, ainda temos margem para melhorar nossos projetos, fazer reavaliações e desenvolver alternativas para 2014. Na economia, esta segunda quinzena é decisiva na aferição dos números ligados ao Natal. Há expectativa de consumo moderado, mas que seja capaz de melhorar o nível de expectativa no setor industrial.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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