90 dias de Bolsonaro
Neste governo uma coisa é certa: passamos muita vergonha com a estupidez de Bolsonaro. O primeiro grande constrangimento foi logo para o mundo todo ver, seis minutos de vexame internacional. Bolsonaro mostrou ao mundo que, mesmo lendo, não sabe discursar e que sua equipe não consegue escrever um texto minimamente razoável e sem fake news
Hoje faz 90 dias de governo Bolsonaro. O candidato mais inepto venceu as eleições de 2018 e “governa" pelo twitter, porque nem ele nem a sua equipe tem a menor noção do que é governar.
Vamos agora relembrar alguns dos acontecimentos mais importantes deste desgoverno, que apesar de recente, tá caindo de podre.
Vergonha alheia internacional
Neste governo uma coisa é certa: passamos muita vergonha com a estupidez de Bolsonaro. O primeiro grande constrangimento foi logo para o mundo todo ver, seis minutos de vexame internacional.
Em Davos, Bolsonaro mostrou ao mundo que, mesmo lendo, não sabe discursar e que sua equipe não consegue escrever um texto minimamente razoável e sem fake news.
Superficial, mal redigida, permeada de clichês conservadores e com dados estatísticos falsos (um deles foi dizer que o Brasil era o país que mais preservava o meio ambiente enquanto o Índice de Desempenho Ambiental ou Environmental Performance Index (EPI), de 2018, coloca o Brasil na 69ª posição num total de 180) a fala de Bolsonaro resultou em queda de 1000 pontos no Ibovespa e no cancelamento, sem aviso, da entrevista coletiva dele e de sua equipe (Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, Paulo Guedes, da Economia, e Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública).
No Paraguai, Bolsonaro elogiou o ditador pedófilo, Alfredo Stroessner, que oprimiu o Paraguai por 35 anos, período no qual torturou quase 20 mil pessoas e estuprou aproximadamente 1.600 crianças de 10 a 15 anos de idade.
No Chile, Bolsonaro voltou a elogiar os 17 anos da ditadura de Pinochet (1973 a 1990) que resultaram em mais de 3 mil mortos e desaparecidos e em 40 mil pessoas presas e torturadas. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi no rastro e exaltou a matança: "No período Pinochet, o Chile teve que dar um banho de sangue. Triste. O sangue lavou as ruas do Chile, mas as bases macroeconômicas fixadas naquele governo... Já passaram oito governos de esquerda e nenhum mexeu nas bases macroeconômicas colocadas no Chile no governo Pinochet."
Com medo de que o crime afetasse a flexibilização do porte de armas, próxima etapa do "plano Bolsonaro para a segurança pública", a Presidência da República só se pronunciou seis horas após o ocorrido. A nota da Secretaria de Comunicação Social foi curta, um parágrafo, e desprovida de qualquer empatia e sensibilidade.
Como se não bastasse, o senador Major Olímpio (PSL) ainda teve a desfaçatez de dizer que se os professores e demais funcionários da escola estivessem armados poderiam ter evitado a tragédia. "Segundo o senador bolsonarista, se os professores estivessem armados na escola, a situação poderia ter sido "minimizada". "Se tivesse um cidadão com uma arma regular, dentro da igreja, de escola, professor, servente, policial aposentado trabalhando lá, poderia ter minimizado o tamanho da tragédia", afirmou Major Olímpio." (BRASIL247).
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