A bala acertou Biden
Ele não jogou a toalha porque está lelé, mas porque sabe que não tinha mais chance de ganhar, sugere o jornalista Alex Solnik
Quem diria? Depois de quase levar um tiro na cabeça, Trump é que teria motivo para desistir, sua vida correu risco, poderia acontecer de novo, mas quem desistiu foi seu oponente.
A reeleição de Biden já tinha subido no telhado depois da mais desastrosa performance num debate em rede nacional de um candidato a presidente da República, mas ele vinha resistindo até levar o golpe definitivo.
A bala raspou a orelha de Trump, mas acertou Biden em cheio.
Ao verem a foto de Trump, ferido, com o punho cerrado, sob a bandeira americana, ele e seus conselheiros perceberam que a eleição estava perdida.
Biden seria visto daí em diante como uma espécie de Mister Magoo, e Trump, como um herói americano.
Ele não jogou a toalha porque está lelé, mas porque sabe que não tinha mais chance de ganhar.
Desistiu porque não queria perder.
O que mostra que a sua lucidez está em dia.
Ele jogou sua vice na fogueira: se é para perder, que perca ela, não eu.
Trump ainda é o favorito. Está visto mais uma vez que as eleições americanas são antes de tudo um grande reality show, e, nesse quesito, ele é imbatível.
Ninguém é mais canastrão do que ele.
O cara atirou em quem viu, mas acertou em quem não viu.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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