A barbárie que virou rotina
Dom Philips escrevia um livro em que nos interpelava: “Como salvar a Amazônia?” Ao que respondemos: Como salvar o Brasil?
por Judias e Judeus Sionistas de Esquerda
Somos herdeiros dos verdadeiros brasileiros, dos povos que aqui estavam quando o homem branco chegou para conquistar, matar, destruir, se impor. Somos herdeiros dos povos que ontem foram aculturados pela força e hoje são vítimas de genocídio; genocídio sim, porque é preciso dar nome aos crimes cometidos cotidianamente. Trata-se de um genocídio pensado, deliberado, desejado. E nós, herdeiros deste débito gigantesco, estamos pouco a pouco morrendo com eles.
Nós, Judias e Judeus Sionistas de Esquerda, também somos herdeiros dos nossos antepassados, igualmente vítimas do ódio assassino. Os nazifascistas quiseram apagar nossos avós da História. Hoje, o Estado brasileiro quer fazer o mesmo com os povos primeiros.
O presidente da República, entusiasticamente, proclamou: “Os indígenas são quase gente como a gente.” – Visão mentirosa, de quem quer adaptar a realidade à sua forma caolha de ver o mundo. Devemos aos indígenas o que resta da Floresta, do Cerrado, do Pantanal, da Mata Atlântica. Enquanto Brasília e seus protegidos – madeireiros, grileiros, garimpeiros, criadores de gado, latifundiários, pistoleiros e narcotraficantes – operam livremente em suas atividades criminosas. A FUNAI e o IBAMA se transformaram em inimigos, cúmplices da destruição do meio ambiente e dos povos indígenas.As mortes de Dom Phillips e Bruno Pereira são apenas mais um capítulo da barbárie, que virou rotina neste país chamado Brasil, governado por Jair Bolsonaro, defensor da morte. Choramos Dom, Bruno e milhares de outros assassinados anônimos – indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses, indigenistas, ambientalistas, ativistas.
Antes de desaparecer, Dom Philips escrevia um livro em que nos interpelava: “Como salvar a Amazônia?”
Ao que respondemos: Como salvar o Brasil?
Judias e Judeus Sionistas de Esquerda
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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