A contribuição da Igreja na Reforma Política
Esse atual sistema político é arcaico. Enquanto não houver uma mudança efetiva em suas estruturas, outros setores jamais mudarão
Não é mais novidade a grande crise política e econômica a qual a sociedade brasileira vem enfrentando. Quando se imagina que inquéritos já abertos e investigações em fases finais já estão em seu período conclusivo, outros casos vão surgindo, ainda com mais relevância. Quando a CNBB afirma em nota que a "Corrupção é um mal que não tem fim" e que o financiamento privado de campanhas eleitorais, "porta de janela de entrada da corrupção", vem lesando o patrimônio público, torna-se fundamental a investigação precisa de corruptos e corruptores e necessidade urgente da Reforma Política.
No dia 28 de março de 2013, em reunião na sede da CNBB, foi aprovado o manifesto da sociedade civil pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. Desta forma, se criar a Coalizão em que está formada por 103 representantes, entre movimentos sociais e entidades. Grupo formado para ter uma trabalho compartilhado em pró a Reforma Política. Os trabalhos vêm sendo realizados em conjunto, através de seminários e panfletagens, a fim de orientar os cidadãos da necessidade de uma reforma política democrática, aguçando o protagonismo do povo nas decisões mais importante do país.
Deve-se promover um democratização das estruturas de poder, pois a questão do sistema político brasileiro é antiga e ainda carrega resquícios da ditadura. Isso faz com que haja um abismo entre os interesses institucionais e os da população. Esse atual sistema político é arcaico. Enquanto não houver uma mudança efetiva em suas estruturas, outros setores jamais mudarão. Essa reforma, em suas bases estruturais, se faz precisa para poder conter a lama de corrupção e amedrontar futuros corruptores.
O Coalizão apresenta uma proposta popular pela Reforma Política e Eleições Limpas, mais identificada com a maior parte da sociedade. Os quatro pontos principais desta proposta são: proibição do financiamento de Campanha por empresas e adoção do Financiamento democrático de Campanha; eleições proporcionais em dois turnos; paridade de gênero na lista pré-ordenada e fortalecimento dos mecanismos de democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes.
A igreja tem um histórico de participação na sociedade significativo, com uma fundamental importância e relevância. Seria preciso citá-los com mais profundidade em outro artigo, mas para refrescarmos a memória, podemos lembrar de um fato recente de ação da igreja em benefício da sociedade. Foi seu apoio ao Projeto de Participação Popular que resultou na instituição da Lei da "Ficha Limpa", em vigor essa nova legislação de grande importância, impediu vários condenados pela justiça em concorrer ao pleito eleitoral, nas eleições de 2014.
Cada cidadão se torna responsável de conseguir esse importante marco em nossa democracia. É necessário tornar nossas conquistas ainda mais vivas e atualizadas ao avançar da história. O caminho já está sendo traçado, resta uma reação da sociedade, através das coletas de assinaturas em que reivindicam a reforma política democrática. Com a força de cada cidadão conseguiremos superar essa crise representatividade, só com a Reforma Política Democrática, será possível superar o caos que degrada a democracia brasileira.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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